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Luxemburgo, dá pra ser otimista

Ambicioso e querendo recuperar seu espaço no futebol brasileiro, eis o Luxemburgo que chega à Ilha

José Neves CabralJosé Neves Cabral - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

 

 

Dono de cinco títulos brasileiros, oito vezes campeão paulista, ex-técnico da Seleção Brasileira... Esse currículo invejável não faz de Vanderlei Luxemburgo uma unanimidade como novo treinador do Sport. Há quem olhe com uma certa desconfiança. Aos 65 anos, desembarcando no Recife para dirigir, pela primeira vez, um clube nordestino. A torcida fez o que tinha de fazer, uma festa. Afinal, ele traz esperança de dias melhores para um time que não consegue decolar.

Os pessimistas de plantão já apostam num rotundo fiasco. Enxergam o "professor" sendo achincalhado pelos torcedores quando os resultados não aparecerem. Mas eu prefiro ficar entre os otimistas. Acredito que ele tem condições de fazer um excelente trabalho no Leão. Tem conhecimento e experiência para detectar rapidamente os problemas do time e encontrar soluções.

Claro que há de ocorrer uma cansativa e saudável discussão entre ele e os dirigentes. Luxemburgo é notoriamente ambicioso como treinador (e isso não é um defeito para um técnico de futebol). Ele não quer disputar o Campeonato Brasileiro da Série A. Ele quer ganhar o campeonato. Foi essa ambição que o fez levar o Bragantino ao título paulista, em 1990. E que, com certeza, o está trazendo ao Recife. Ele sabe que uma conquista nacional pelo Sport ou até mesmo uma vaga na Libertadores serão suficientes para alavancar uma carreira que parecia fadada ao ocaso. Resta saber se a diretoria do clube está disposta a bancar um projeto caro.

Há duas passagens na carreira de Luxemburgo que vale a pena lembrar. No Palmeiras, início dos anos 90, e no Corinthians, no final da mesma década. Em ambos, ele trabalhou para formar times vencedores e teve êxito. Transformou o alviverde em bicampeão nacional e paulista em 93 e 94. No Corinthians, armou a equipe que tinha Gamarra, Rincón, Marcelinho e Edilson, entre outros, conquistando o título brasileiro de 1998 e deixando o time pronto para o bi, em 1999, já sob o comando de Oswaldo Oliveira.

Até aqui falamos do lado positivo do treinador. Contra ele pesa a personalidade, às vezes, polêmica, de alguém que tem dificuldade em conviver com as cobranças e pouca habilidade para lidar com a mídia, embora faça questão de exibir um "verniz" que nem sempre domina.


 

 

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