Paulo Câmara: 'Não temos como flexibilizar no momento!'
Governador admite que 'aumenta a pressão'
No dia em que o governador de São Paulo. João Doria, anunciou a reabertura gradual da economia a partir do dia 11 de maio, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, foi indagado também, em coletiva de Imprensa ontem, sobre relaxamento do isolamento. Teich disse o seguinte: "Não tenho como te dar isso agora. Daqui a uma semana, a gente entrega diretriz completa depois dos ajustes". Teich argumentou que o Brasil é "heterogêneo" e que uma diretriz vai precisar ser "customizada" de acordo com os diferentes estados. O titular da Saúde já havia sido questionado sobre o tema na última segunda-feira durante reunião com os governadores do Nordeste.
Quem quis saber sobre o assunto foi o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Ontem, ao término da entrevista, Teich grifou que, desde a sexta-feira, mandou distribuir respiradores para: Ceará, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro. Em Pernambuco, chegaram 20 no último final de semana. Mas ainda não são suficientes, segundo o governador, para o Estado que ocupa o terceiro lugar do País em número de óbitos por Covid-19 e tem 98% dos leitos de UTI da rede pública ocupados com casos confirmados e suspeitos. Indagado pela coluna se a iniciativa de Doria poderia influenciar o Estado, Paulo Câmara devolveu: "Aumenta a pressão, mas sem respiradores e com o aumento do número de casos, não temos como flexibilizar no momento!". Ontem, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, Pernambuco teve o maior número de casos já registrado em 24 horas: 390 novos casos.