A Casa Chandon
Colunista detalha sobre a empresa francesa
Amigo, você conhece a LVMH? Nem de ouvir falar? Marminino... Deixe então eu lhe apresentar. É a maior empresa francesa de capital aberto (dados da CAC 2019). Receita financeira de 45 bilhões de Euros em 2020, oriunda de 75 casas, nas áreas de vinhos e bebidas, moda em geral, perfumes e cosméticos, relógios e joalheria, grandes cadeias de lojas, hotelaria (o Copacabana Palace, por exemplo) e vários outros negócios. É considerado o maior conglomerado explorador do luxo, no mundo. Sim, luxo (é feio, é?). Tudo que vendem é top. Explicando que LV vem de Louis Vuitton e MH de Moët Hennessy, são 14 empresas de moda e 23 de bebidas, das melhores do mundo. Ficou curioso? Vai lá e dá uma olhada no lvmh. Entre essas empresas, a Chandon. Aqui valendo explicar, pois muita gente confunde. A Moët & Chandon, fabricante do famoso champanhe, parte do grupo LVMH, é funcionalmente independente da Chandon. Mas têm um laço fraternal: foi o então presidente da Moët, Robert-Jean de Vogüé, que teve o grande tino de criar um braço produtor de espumantes em outros locais da terra, enxergando o potencial qualitativo desses locais. A primeira Chandon foi aberta em Mendoza, Argentina, em 1959. Em 1973 vieram a brasileira e a Californiana. Anos depois abriram na Austrália e mais recentemente na Índia e na China, perfazendo as seis unidades atualmente existentes no mundo. Sempre explorando a viticultura local. Em pontos geograficamente tão diversificados que, parodiando o Império Britânico, usam o lema, “aqui o sol nunca se põe”!
No aniversário de 38 anos no Brasil, decidiram comemorar. Como de bom costume, com espumante. Tendo como temas principais a viticultura sustentável, a diversidade e o otimismo, valores da marca, a Chandon apresentou sua nova identidade, visual e filosófica, através da Exposição Casa Chandon Brasil. Que acontece de 30 de outubro a 14 de novembro, na Casa de Cultura do Parque, localizada no Alto de Pinheiros, em São Paulo - se estiver em Sampa, vá conhecer - onde uma bela e diversificada exibição foi montada. Tive o prazer de comparecer à abertura e fiquei encantado com o que vi. E bebi! E comi! Pois os ótimos borbulhantes da Chandon foram preciosamente harmonizados com saborosos petiscos e pratos, a cargo do chef Marcos Carioba. A experiência sensorial, ao longo de vários espaços cuidadosamente decorados, com foco na preservação ambiental, impactou todos que lá estavam. Mas o ponto alto, óbvio, foi a degustação dos espumantes. Tudo conduzido por técnicos da vinícola, pela gentil diretora mundial de Marketing da Chandon, Morgane Pont-Bruyns e pelo enólogo e líder da marca no Brasil, Philippe Mevel, com quem tive o prazer de conversar longamente durante o almoço. Aproveitando para pedir perdão a ele pela saraivada de perguntas! Só restando destacar o eficiente trabalho de coordenação da Fernanda Fonseca, da Mkt Mix. Vamos à prova.
Começamos pelo Chandon Reserve Brut, com seu elegante frescor e o Brut Rosé, de bela cor e sabor similar, tão adequados para todo momento; seguiram-se os encorpados Excellence Brut e Excellence Rosé, perfeitos para refeições; veio o Riche Demi-sec, pela doçura, próprio para sobremesa; todos eles com borbulhas finas, típicas dos bons espumantes; finalmente o Passion, mais frutado e com maior teor de açúcar, fácil de beber, feito para cativar a juventude. Pois que assim seja e depois evoluam para os demais excelentes espumantes dessa admirável marca, de DNA francês, mas sangue bem brasileiro. Com uma “flüte”, tim, tim, brinde à vida.