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Beleza dos rótulos de vinho

Design nos rótulos de garrafa - Foto: Divulgação

No conceituado concurso MUSE Design Awards, ano 2021, Pernambuco brilhou. Bem, falando a verdade e bairrismos à parte, não foi exatamente nosso estado. Mas foi uma empresa de pernambucanos. Pôxa, extrapolei de novo, né? São sergipanos. Mas nordestinos, pernambucanos de adoção, leitor. Pulando essa discussão regionalista e indo direto ao tema, a portuguesa Quinta Maria Izabel (QMI), de João Carlos e Reginaldo Paes Mendonça, brilharam no MUSE. Na categoria “Packaging Design” (desenho de embalagem), subgrupo ”vinho, cerveja e destilados”, ganhou a medalha de platina, premiação maior, a embalagem do vinho Glou Glou. Nunca ouviu falar desse produto? Compreensível, pois trata-se de um recente lançamento, que ainda não chegou à nossa terra. Quando isso acontecer, me comprometo a lhe falar sobre ele e a história do rótulo. Por enquanto, registro essa honrosa premiação. Aliás, a QMI não ficou só aí. Faturou também o segundo prêmio, a medalha de ouro, com o vinho Bastardo, esse conhecido do público local. Que realmente estampa  rotulação e embalagem artística de alto nível. Veja mais da premiação pelo link design.museaward.com. Mas que importância tem o rótulo? Além de atrair o olhar do consumidor e nomear o produto, pode contar muita história e detalhes do vinho. Ressalvando que as regras diferem de país para país. Há informações óbvias, como o volume da garrafa - 750 ml (ou 75 cl), seus múltiplos ou frações. O país de origem, nas garrafas exportadas, pode ser dado indispensável. Quer ver? Vinho Oveja Negra é oriundo da Espanha, do Chile, da Argentina ou de outro país de língua espanhola? Se respondeu Chile acertou. Em parte, pois ele é feito também no Brasil! Citar a região ou a denominação de origem - ex. Bordeaux, Bourgogne, Vale dos Vinhedos, Vale do São Francisco - é obrigatório na maioria dos países. Em alguns casos - um bom exemplo é a Alsace - citar os vinhedos de onde foram colhidas as uvas pode dar destaque ao vinho. Impossível lembrar tudo isso? Concordo. Por isso as boas casas do ramo lhe fornecem livros e guias onde você pode fazer essas consultas. 

Já lhes falei dos sistemas classificatórios que existem em alguns países e suas siglas - VDQS, AOC, DOC, DOCG, etc. Presente em um rótulo, indica qualidade controlada. “Engarrafado no local de produção”, nas suas várias versões linguísticas, é boa garantia contra a mistura de mostos bons e ruins, além de dificultar falsificações. Vinhos varietais (75%, 85% ou mais de uma única uva, conforme a legislação do país) ou mesmo cortes, podem estampar as cepas usadas. Procurem pela graduação alcoólica, expressa tanto em porcentagem como em graus (GL). Usualmente os brancos flutuam entre 9 e 12% e os tintos de 11,5 a 14%. Mas vem crescendo, sobretudo no novo mundo, vinhos com mais de 14%, exprimindo um maior teor alcoólico. Foge ao escopo da coluna de hoje explicar as razões, mas por vezes isso é necessário para o equilíbrio do vinho. Por fim, um dado da maior relevância: a safra. Que pode não estar presente nos rótulos de alguns espumantes e Xerez, onde há mistura de safras.  Ou nos vinhos de má qualidade! Já sei. Você não consegue gravar as safras boas de cada país ou região do mundo. Para que? Há tabelas e guias lhe indicando isso. Na hora de comprar, verifique-as, nos vários sites e aplicativos disponíveis. Boas compras, sobretudo da premiada QMI (ridouro.com.br) e meu tim, tim. Brinde à vida!

 

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