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Murilo, sugira o vinho

Há bons vinhos dentro de várias faixas de preço - Divulgação

Fim de semana passada, em Gravatá. Precisei de alguns reparos. Não, não era para mim (embora, depois dos sessenta, a gente sempre necessita!). Era para a casa. Pensando bem, ela demanda mais que eu. É uma necessidade de restauro sem fim! Fui, como de costume, à loja Caroatá, onde encontrei um amigo gravataense, que me fulminou com a pergunta: qual é o vinho que você tem bebido?

Argumentei que meu gosto por vinhos é eclético e, portanto, não me fixo em nenhum. Na enofilia sou volúvel, amigo. No que ele retrucou, pedindo sugestões. No plural. Perguntei pela faixa de preço, ficando claro o desejo por várias delas. E pelos tintos. De antemão registrei que, no momento, a meu ver, a melhor relação qualidade-preço está nos vinhos portugueses. Espanhóis ali juntinho.

E ao assim dizer, peço perdão aos sul-americanos, que já ocuparam esse posto - especialmente os chilenos - mas deixaram “a peteca cair”. Então, como promessa é dívida, vamos responder ao amigo. Antes esclarecendo que são poucas sugestões buscadas na memória.

Claro, outros vinhos poderiam muito bem estar nas listas abaixo. Indico as lojas que vendem os vinhos citados, da seguinte maneira (obedecendo ordem alfabética): Barchef (0) Casa Bebidas (1), Casa dos Frios/LD (2), Grand Cru (3), Ingá (4), Lacomex (5), 4 Elementos (6) e Ridouro (7), cujos endereços e fones estão nas mídias. Implicando em outro pedido de desculpa, agora às demais lojas, que ao estarem fora do meu roteiro na zona sul, não consigo frequentar.

Primeira lista, para os vinhos abaixo dos R$ 60: Vinha do Mouro (2), Flor de Crasto (2), Vinho do Poeta (7), Encosta do Sobral (4) e Esteva (6).

Entre R$ 60 e R$ 120: M.I. (0, 2, 5 ou 7), Finca Resalso (2), Pacheca e Pacheca Superior (5), Quinta das Tecedeiras reserva (6), Solar de Castro vendimia seleccionada (3), Embocadero (3) e Finca Costanillas (3).

Entre R$ 120 e R$ 180: Quinta da Touriga Puro (2), Muga Reserva (2), Quinta da Bacalhôa (2), Esporão Reserva (2), Casa de Santa Vitória Touriga Nacional (4), Quinta Maria Izabel (0, 2, 5 e 7) e Heras Cordon vendimia seleccionada (3).

Acima de R$ 180: o céu é o limite, leitor. Há muita opção boa. Sem querer estourar seu bolso, anote aí algumas. Mouchão (5), Quinta da Manoella (5), Quinta do Crasto Vinhas Velhas (2), Quinta do Mouro Dourado (2) e Sublime (7).

Faltando registrar a gentileza desse gravataense com sua esposa. Que gosta muito de Pinot Noir, disse-me ele, a pedir arrego. Aí, não dá para discutir, amigo. Tem que ser da França, borgonhês. Outros tentam imitar, mas ainda não conseguiram.

Anote as sugestões, entre R$ 100 e R$ 200 (na Bourgogne, tudo é caro): Bourgogne Gachot Manot (2), Bourgogne La Cave d’Aze (5) e Bourgogne André Goichot (1). Nessa loja você ainda consegue comprar um combo de 2 garrafas do Pinot Noir e 1 do Chardonnay por R$314. Espero ter ajudado, Mano.

Se não gostou, vai pelo menos reconhecer que essa lista é melhor que a de nossos candidatos a presidente! Tim, tim, brinde à vida.

*É enólogo e escreve quinzenalmente neste espaço.

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