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O negócio enoturismo

Nos últimos anos outra fonte de renda tem sido incorporada à atividade vinífera: hospedaria - Da editoria de Arte

Parece ser bom, leitor. Até mesmo se não render dinheiro, certamente é bastante agradável, faz bem à alma. Explorar turismo tendo vinho como pano de fundo... Huuum! Se você lê minha coluna, ainda que só de vez em quando, já deve ter se deparado com referências a esse tema.

Visto ser crescentemente agregado ao negócio de vinhos, seja ele produtor ou importador. Visitas guiadas às vinícolas, geralmente com degustação do que é produzido - vinhos, azeites, aguardentes, às vezes, presuntos, geleias e outros acepipes - já existem há bastante tempo. Pagas, em grande parte do mundo. Bom, né?

Você faz sua propaganda ao vivo e a cores e ainda recebe por isso. Bem, por dever de justiça, tenho que registrar várias exceções a essa regra com que fui agraciado em minhas viagens. Sempre por gentileza do proprietário da vinícola e de seu importador brasileiro. Feito o indispensável registro, voltemos ao enoturismo.

Nos últimos anos, outra fonte de renda tem sido incorporada à atividade vinífera: hospedaria. E com ela, culinária. Quase sempre exprimindo a tipicidade da cozinha local. Na Europa, em especial Portugal, Espanha, Itália e França, a cultura de hotéis e restaurantes em vinícolas vem se disseminando.

Um exemplo disso é o futuro hotel a ser inaugurado na Quinta Maria Izabel (QMI), no Douro. Tive o privilégio de ver as plantas. Projeto arquitetônico arrojado, moderno e com todo conforto, vai dar um show, quando se aliar ao visual deslumbrante, no alto da quinta.

Como foi um show a viagem enoturística que a VSX promoveu, semanas atrás, por Bordeaux e Champagne. Você não conhece a VSX? É uma empresa que tem como sócios a nova geração dos Dias - Maurício e Luli - responsável por eventos na área enológica.

A exemplo de um saboroso e festivo jantar que ocorreu semana passada no Boteco Porto Ferreiro, com a prestigiosa presença do diretor de exportação do Grupo Louis Roederer, Frederic Heidsiek. Quando degustamos o champanhe Roederer, o branco Duas Quintas, o rosé Domaines Ott Clos Mireille, o tinto Château de Pez e o porto Adriano Ramos Pinto, todos grandes vinhos da marca, elaborados em diferentes regiões da França.

Pois é, enoturismo também se expressa por jantar degustação, como esse. Voltando à viagem que eu antes mencionei, amigos que foram ficaram encantados. Visitaram vinícolas de alto gabarito - só para exemplificar, o Château Margaux - sendo recepcionados em jantares com degustação dos melhores vinhos. Sem falar na beleza geográfica e arquitetônica do passeio.

E a consequente alegria do grupo. Que vinho, leitor, sempre envolve felicidade. Se duvida, tire a prova. Vá fazer enoturismo lá na QMI. Depois estique com amigos no próximo tour da VSX, que vai acontecer ano que vem na Itália. Quando, não tenho dúvida, haverá uma profusão de tim, tim, brinde à vida.

*É médico e enólogo. Escreve quinzenalmente neste espaço

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