O que é felicidade...
Colunista repercute o World happiness report 2021”, considerado o relatório mundial de felicidade
...meu amor. Você reconheceu o trecho de Corcovado, a belíssima música de Tom Jobim, não foi? De uma época em que as letras falavam de coisas bonitas, românticas, fossem elas alegres ou tristes. Com o perdão do funk e coisas do gênero, era outro mundo. Ah, que saudade dele! Não, do funk não, leitor, desse outro mundo! Lembrei-me desta letra quando me deparei com o “World happiness report 2021” (tradução: relatório mundial de felicidade). Já tinha ouvido falar desse relatório? Sim? Pois eu não! Apesar de essa já ser a nona edição anual. Elaborada pela Sustainable Development Solutions Network, com dados da Gallup World Poll e Lloyd’s Register Foundation, com respaldo de algumas empresas, escolas e universidades, tais como Columbia (USA) e Oxford, visa avaliar o índice de felicidade dos habitantes de cerca de 150 países. Analisando e pontuando vários parâmetros, tais como questões ambientais (rurais e urbanas), ausência de corrupção (lascou o Brasil!!!), suporte social, generosidade, confiança, liberdade de escolhas na vida, PIB per capita, saúde geral, expectativa de vida, resulta em um ranking (sei não, mas antecipo que a gente vai sair mal dessa!). Agora, você advinha quais os campeões? Veja a lista dos 20 primeiros (pontuação) entre os anos de 2018 e 2020: 1. Finlândia (7.842) 2. Dinamarca (7.620) 3. Suíça (7.571) 4. Islândia (7.554) 5. Holanda (7.464) 6. Noruega (7.392) 7. Suécia (7.363) 8. Luxemburgo (7.324) 9. Nova Zelândia (7.277) 10. Áustria (7.268) 11. Austrália (7.183) 12. Israel (7.157) 13. Alemanha (7.155) 14. Canada (7.103) 15. Irlanda (7.085) 16. Costa Rica (7.069) 17. Reino Unido (7.064) 18. República Checa (6.965) 19. Estados Unidos (6.951) e 20. Bélgica (6.834). Algumas coisas chamam logo atenção, leitor. A Oceania muito bem representada. Porém, a maioria está na Europa, sobretudo na Escandinávia e no Norte, áreas de clima mais frio (será que a culpa é do calor da nossa terra?). Brincando, você sabe, né? Penso que o grande diferencial é o nível de educação, de cultura. Que geram civilidade. E daí, qualidade de vida. Que aliada a tempo de vida, compõe um parâmetro que os editores do relatório denominaram de WELLBY. Aliás, fica bem claro no levantamento que, para ter felicidade, o WELLBY é bem mais importante que dinheiro. Novidade, você já sabia, né amigo? Afinal, “dinheiro não traz felicidade” é um velho e conhecido ditado. Tal qual “mas que ajuda, ajuda”, também é! A essas alturas você já deve estar ansioso pra saber da colocação do Brasil nesse ranking. Então, segure lá: 35º lugar (6.330). Pensou que era pior? Eu também. Mas um dia, confio em Deus, meus tataranetos verão as coisas realmente ficarem boas. Agora imagine qual é o último da lista? Afeganistão (2.523). E o Talibã nem tinha assumido o poder! Calcule como será no relatório de 2022. Já chegando no final do meu espaço, você vai perguntar: onde está o Baco nessa prosa? Ora, você já viu felicidade plena sem “um cantinho, um violão, esse amor, uma canção”, acompanhados de uma saborosa taça de vinho ou de champanhe? Então, tim, tim, brinde à vida. Feliz!