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Por aqui uma nova (velha) Quinta

Murilo Guimarães - Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

Portugal tem muitas. Infelizmente o mestre Google não me ajudou a descobrir quantas. Ele também falha, viu? Em medicina então... Tem paciente que entra em parafuso, leitor. Mas isso é outra conversa. Voltemos ao título desse artigo. Que se refere a uma adição recente ao acervo da Lacomex. Todavia, a Quinta da Pacheca já poderia estar entre nós há muito tempo, visto ter uma história bem antiga.

Documentos datados de 1738 dão conta dessa Quinta, localizada em Lamego, no Douro, que pega seu nome emprestado de sua proprietária, D. Mariana Pacheco Pereira. Foi uma das primeiras vinícolas a engarrafar vinhos com sua própria marca. Mas sua produção com nível mais comercial começa em 1903, quando D. José Freire de Serpa Pimentel adquiriu a propriedade. Hoje, a nova geração dos Serpa Pimentel elabora uma ampla gama de vinhos tranquilos e fortificados. Entre brancos, rosados e tintos são 11 rótulos. Aos quais se juntam mais de uma dúzia de vinhos do Porto.

Produzidos em antigos lagares de madeira, com esmagamento das uvas pelo tradicional método da pisa humana. Li e vi em artigo especializado que o campo e os casarões da Pacheca são especialmente bonitos. A essas alturas, se você gosta de ir direto ao âmago da questão, já deve estar querendo saber dos vinhos. Então vamos resolver sua ansiedade. A Lacomex trouxe cinco rótulos. Três (branco, rosé e tinto) da linha de entrada, chamada Pacheca Colheita, vendidos por R$ 70.

O branco, um corte de Cerceal, Malvasia Fina, Gouveio e Moscatel, é floral, fresco e frutado. Ótimo para acompanhar pratos leves de peixe. Já o tinto, feito com Touriga (Nacional e Franca), e Tinta (Roriz e Barroca), com passagem rápida em carvalho, tem sabor jovem e se presta bem para bebericar. Degustei também outro bom tinto, o Pacheca Superior (R$ 122), de uma linha acima, com corte similar ao Colheita.

Amadurecido seis meses em carvalho francês, é mais encorpado e persistente. Por fim, me agradou bastante o Pacheca Reserva Vinhas Velhas, tinto elaborado com castas clássicas da região (ver ADEGA). Bem vinda, Quinta da Pacheca, que só veio agregar sabores ao mercado local de vinhos. Recomendo, meu leitor. Mas se você planeja viagem a Portugal, incluindo a região do Douro, deguste esses vinhos localmente. Ou, quem sabe, outras garrafas de tintos de linhas mais complexas e estruturadas que a Quinta produz. Quer melhorar a programação? Hospede-se no belo Wine House Hotel, que faz parte da Pacheca e se localiza junto ao rio Douro. Quer ainda mais? Jante no reputado restaurante da propriedade. Aí, amigo, tenho certeza que você vai ter vontade de fazer um festivo tim, tim, brinde à vida.


Adega
Pacheca Reserva
Vinhas Velhas 2013
Preço: R$ 158,45
Onde: Lacomex, 3081.2131
Corte de Touriga (Franca e Nacional), Tinta (Roriz e Amarela), Tinto Cão e Sousão, passa 12 meses em barricas de carvalho francês. É estruturado, tem boa complexidade, frutas e toques de especiarias. Não se intimide, ele vale o preço.

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