Não precisa ficar brabo. Não estou lhe chamando de pinguço. Mas vai dizer que nunca tomou pelo menos uma “grande” na vida? E aí, nesse dia, qual foi sua reação? Eu conheço cada bêbado chato, leitor! Mas também tem gente que melhora muito, depois de descontrair. Deve ter sido por isso que psicólogos da Universidade de Missouri, em Columbia, conduziram uma pesquisa com 374 alunos para caracterizar os tipos psico-comportamentais de bebedores, estudo que publicaram no Addiction Research & Theory. Identificaram quatro tipos e decidiram dar a eles nomes da literatura e da cultura pop: Mary Poppins, Ernest Hemingway, Professor Nutty e Mr. Hyde. Com cerca de 40% dos bebedores, o maior grupo é o Ernest Hemingway. Que costumava afirmar ser capaz de beber grande quantidade de uísque sem se embriagar. Esse é o tipo cuja consciência e raciocínio pouco ou nada mudam após um pilequinho! Duvida? Pois eu conheço gente assim. A seguir vem o grupo Mary Poppins, composto por pessoas geralmente extrovertidas, que ficam ainda mais alegres e afáveis depois que bebem. Também com pouca alteração no lado intelectual. O outro tipo engloba, ao contrário, os introvertidos, que se transformam em indivíduos mais sociáveis, quando ingerem muito bebida. São comparados ao personagem de dupla personalidade, Professor Nutty, vivido por Eddie Murphy no filme Professor Aloprado (título usado no Brasil). Por fim há o grupo Mr. Hyde, personagem de O Médico e o Monstro, romance de Robert Louis Stevenson. São bebedores que reduzem expressivamente o nível de consciência e o intelecto, enquanto elevam a agressividade. Esse é perigoso, amigo! Você, em que grupo se enquadra? Nenhum? Bem, há quem tenha descrito mais nuances nos tipos de personalidade dos bêbados. Tem os ricos, os que sabem tudo, os chorões... Vou lhe contar uma coisa. No meio dos bebedores de vinho é raro um Mr. Hyde. Geralmente a alegria prevalece. Se quiser comprovar, venha participar de nossas confrarias. Espero você lá com um tim, tim, brinde à vida.