Trabalho feliz
Quinta Maria Izabel (QMI) e lotes de vinho das safras 2018, 2019, 2020 e 2021
Pois é amigo, existe! Aliás, todo trabalho deveria ser assim. Mas vários são bem estressantes. Eu e meus colegas, profissionais de saúde, que o digam! Sobretudo num momento como esse, em que voltamos a lidar com o recrudescimento da pandemia de coronavírus, potencializada pela epidemia de Influenza. Tá difícil, leitor. Até porque a sociedade se comporta como se tudo tivesse acabado. Tenho a nítida sensação que as pessoas negligenciaram os hábitos salutares e cuidadosos - será que cansaram ou não acreditam na realidade? - tais como não aglomerar e usar máscaras. Esse final de ano foi uma grande demonstração disso. E aí, haja vírus circulando e gente muita adoecendo. Mas sou otimista (com pés no chão) e acho que haveremos de ter dias mais tranquilos lá na frente.
Que trabalho feliz é esse, você deve estar perguntando. Dia desses me encaminharam uma mensagem da equipe técnica da Quinta Maria Izabel (QMI), dando conta da prova que fizeram de lotes de vinho das safras 2018, 2019, 2020 e 2021, tintos e brancos. Para júbilo deles, Dirk Niepoort e demais envolvidos na produção vinífera da QMI, com excelentes resultados. Segundo o autor da mensagem, “Podemos afirmar que estamos perante os melhores tintos de sempre da Maria Izabel e brancos extraordinários”. “Estamos EXTRAORDINARIAMENTE felizes com o que temos”. Pois é amigo, o trabalho desse povo é beber coisa boa! Ruim, né? E pra completar, a fim de chegar a essa conclusão qualitativa, precisaram degustar 62 lotes de vinho. É isso mesmo, 62. Bichinhos (ou coitadinhos, como gostem)! Tá bom, sei que em muitas outras horas o serviço vitivinífero é árduo. Preparo do campo, controle de pragas, podas, colheita, às vezes sob severas condições climáticas, é coisa pesada. Porém, saber que estão gerando o néctar de Baco, abranda qualquer dor no corpo. Enquanto isso, eu aqui lutando para reduzir os impactos negativos dessas doenças sobre meus pacientes. Ah, dirá você, isso é gratificante. Sem dúvida que sim. E continuarei nessa lida até o último dos meus capacitados dias. Mas, cá entre nós, que era bem mais animado estar lutando para fazer um grande vinho, como o QMI, lá isso era! Um dia, quem sabe, medicina e viticultura juntas. Oxalá! Por enquanto, só sonho. Tim, tim, brinde à vida.