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Whisky sour

Coquetel bonito para beber elegantemente

Reprodução/Pinterest

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Os meus leitores já devem ter entendido que whisky não é (mais) uma bebida de minha preferência. Sim, a palavra “mais” se aplica, já que ela foi a mais consumida. Sou de um tempo em que festas e restaurantes, ambientes sociais mais clássicos, se dividiam entre homens bebendo whisky e mulheres “fazendo de conta” com um coquetel de frutas.

Faz favor, leitor, me poupe. Não me venha com a “politicamente correta” (?) acusação de machismo ou discriminação de gênero. Apenas registro um fato real. Como diria Chicó, “não sei, só sei que foi assim!” Aliás, prefiro mil vezes nossa realidade atual, com D. Ana Christina me fazendo companhia etílica. Voltando ao fato, com o passar dos anos o vinho foi tomando um lugar imbatível no meu coração, deixando o “scotch” para trás.

Aí perguntará você: por que então essa conversa de whisky sour?

Lembrei desse clássico coquetel por conta de pitoresco episódio envolvendo ele e a querida Do Carmo Monteiro, que Deus convocou recentemente. Primeiro precisando lhe falar um pouco sobre o drinque. Que consta ter sido criado em 1862 por Elliott Stubb, um marinheiro inglês. Ao chegar no Peru decidiu misturar sua bebida preferida com o limão, especiaria local. Adicionar açúcar ao azedume do limão era previsível.

Produzindo assim a seguinte receita:
- 1 dose de whisky, whiskey ou Bourbon
- ½ dose de suco de limão
- 1 colher de sopa de xarope de açúcar
- 1 pitada de clara de ovo (opcional)

Bata tudo na coqueteleira. Sirva, com ou sem gelo, em copo baixo. Antes, umedeça a borda do copo com limão e passe no açúcar, para encrostar. Detalhe esse gerador do pitoresco episódio a que me referi. 

Numa agradável domingueira na casa de meu sogro, lá estava Do Carmo. Que aceita nossa oferta de uma dose de whisky. Sim, desde adolescente, na época do tal coquetel de frutas, me chamava atenção aquela senhora bebendo elegantemente uísque. De volta a nosso domingo, em vez do pedido usual da dose “fraca”, desta vez solicitou um whisky sour. Modéstia à parte, até que o coquetel ficou bonito.

Mas acho que eu já estava um pouco “distraído” e em vez do açúcar, encrostei a borda com sal! Mancada que Do Carmo, com sua fineza, registrou sorridente, acrescentando que estava bom e rejeitando minha proposta de trocar o drinque por outro (acho que ela, do alto de sua sapiência, não quis correr risco de algo ainda pior!).

Nunca mais esquecemos, eu e ela, essa salgada experiência. Saudade dessa senhora forte e atenciosa, sagaz e carinhosa, sempre presente nos momentos certos. Guardarei na memória as tantas conversas boas, ilustradas por fatos da nossa história. Que retomaremos, quem sabe, lá por cima. A Do Carmo, tim, tim, brinde à vida (que segue).

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