2º Congresso Internacional da EJud6 debate os 80 anos da CLT
O homenageado é o ministro do TST, Aloysio Corrêa da Veiga
O 2º Congresso Internacional da Escola Judicial do TRT-6: 80 anos da CLT teve início nesta quinta-feira (28) e vai até amanhã na Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6). Este ano, o evento homenageia o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Aloysio Corrêa da Veiga, e é voltado para magistrados, procuradoria, advocacia, docentes, estudantes e juristas nacionais e internacionais.
O diretor da EJud6 e responsável pelo Congresso, o desembargador Eduardo Pugliesi, reforçou a relevância do encontro e destacou a pluralidade em assuntos abordados e em palestrantes. A edição deste ano conta com a presença de oradores de pelo menos três nacionalidades: Portugal, Argentina e México. O diretor da EJud6 ainda ressaltou a pertinência do tema.
"Nós estamos celebrando os 80 anos da CLT, trazendo assuntos importantíssimos que conectam o passado, o presente e o futuro do Direito do Trabalho, debates transnacionais", declarou, e citou outros convidados. "Três ministros do TST, alguns desembargadores, juízes, advogados, Procuradores do trabalho. É um congresso muito plural", celebrou.
Já homenageado, ministro Aloysio Corrêa, ponderou sobre a importância de eventos como este para o judiciário, como a permanente presença dos juízes na Escola, que é também um espaço para a formação continuada do magistrado para o aperfeiçoamento do diálogo.Após as boas-vindas aos convidados e a plateia, o desembargador Eduardo Pugliesi presidiu a mesa inaugural que teve, como conferencista, o próprio ministro. Ele relembrou a história da consolidação das leis do trabalho, que, em sua avaliação, “trouxe inovações incríveis”.
Em contrapartida, Corrêa também ressaltou as “agressões” à CLT ao longo dos anos, que é taxada como obsoleta para alguns - que chegam até a questionar a própria existência da Justiça do Trabalho. “O que a gente vê é um desconhecimento profundo, uma ignorância com relação à própria história da CLT e ao Direito do Trabalho”, lamentou.
A respeito disto, o ministro citou um artigo que publicou em 2017, intitulado “Uma retórica maçante e desagradável”. Em um trecho do seu texto, ele afirmou que, à época, a magistratura trabalhista era vista como “responsável pelo entrave do crescimento econômico do Brasil”. O ministro concorda que a CLT precisa ser atualizada, mas não descartada.
Se você quer ficar por dentro de tudo que acontece na política do nosso estado, clique aqui, cadastre-se e receba diariamente as atualizações do Blog da Folha no seu e-mail.