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A estratégia dos candidatos a governador de Pernambuco

Especialistas avaliam o pleito eleitoral

O não comparecimento de um candidato que lidera o ranking das pesquisas de intenção de voto aos debates é uma estratégia para se proteger do “todos contra um”, já que ele se torna o único alvo dos outros adversários. Estes, por sua vez, transformam-se em uma espécie de franco atiradores. A opinião é do professor e cientista político Hely Ferreira, que participou, ontem, junto com o jornalista Manoel Guimarães, do Programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7, comandado pelo radialista Jota Batista.

Já para Manoel Guimarães, as sabatinas e entrevistas rendem mais que os debates para o candidato que está à frente nas pesquisas, porque ele está sozinho, tem mais tempo, apresenta suas propostas com calma. A fórmula do debate, para ele, é desgastada, sobretudo, com seis candidatos.

“Uma pessoa pergunta primeiro, aí tem que esperar o final do bloco para voltar a ser perguntada. É o que se dá para fazer, mas é muito ruim. É um formato que precisa ser repensado”, explicou ele. Quanto às eleições deste ano”, Hely Ferreira afirmou que Pernambuco é o único estado que tem cinco candidaturas fortes.

Um cenário eleitoral inédito

“Sempre tivemos a tradição de praticamente termos dois candidatos fortes e um terceiro apenas para cumprir tabela. Embora um dos candidatos tem liderado nas pesquisas, a gente vê que é um cenário diferente de tudo que se viu na história política de Pernambuco depois do processo de redemocratização”, analisou.

Guimarães acrescenta que todos os institutos de pesquisas mostram que, mantendo-se esse cenário, é imprevisível saber quem seria o segundo colocado, hoje, “para ir ao segundo turno com a candidata que lidera as pesquisas”. De acordo com ele, do segundo ao quinto colocado, todos estão dentro da margem de erro, mesmo com as oscilações.

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