Alepe promove evento para celebrar o Dia Internacional da Mulher
Abertura do Alepe Mulher - Ano 1 contou com presenças como a da vice-prefeita Isabella de Roldão
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou, nesta quarta-feira (8), a abertura do Alepe Mulher – Ano 1, evento que prossegue até o próximo dia 15 com múltiplas ações e atividades voltadas para funcionárias da casa e para o público, para celebrar o dia Internacional da Mulher.
No discurso de abertura, o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), disse que nesta data, em que o mundo inteiro reverencia e celebra as conquistas femininas, a Alepe se congratula, mas, acima de tudo, se coloca como uma aliada na luta e vigilância pela manutenção e ampliação dos direitos da mulher.
“Sabe-se que a batalha das mulheres é diária; sabe-se, principalmente, que uma das mais a difíceis destas batalhas é a busca pelo direito de existir como mulheres, sendo respeitadas na expressão de suas possibilidades, projetos e o desejo de querer ser o que bem quiserem”, lembrou o deputado.
O primeiro-secretário da Alepe, Gustavo Gouveia (Solidariedade) começou o discurso ressaltando o fato de Pernambuco ter conseguido eleger a primeira governadora e primeira senadora da história do estado nas últimas eleições, o que demonstra a importância cada vez maior das mulheres nos espaços de poder. Gouveia afirmou, também, que as mulheres merecem mais do que os parabéns no dia dedicado a elas. “Requerem atenção, garantia dos direitos, qualificação, crescimento econômico, fim da violência e da discriminação”, acrescentou.
A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, convidada para compor a mesa, fez um discurso em que destacou que o dia 8 de março deve ser celebrado com consciência, enxergando os avanços. “Recife é a capital mais antiga do Brasil e só recentemente elege uma mulher para a vice-prefeitura. O desafio que se apresenta não é só votar em e eleger mulheres, é fazer com que essas mulheres permaneçam na política, porque, de fato, a gente dá tudo pela politica”, lembrou.
A secretária de Saúde do Jaboatão dos Guararapes, Zelma de Fátima Chaves, que também integrou a mesa, salientou que 114 dos 184 municípios do estado de Pernambuco são liderados por mulheres à frente das secretarias de Saúde. “Isso é algo que deve ser ressaltado porque as mulheres conseguem seus espaços não simplesmente por serem mulheres, mas pela mostra da competência, da dedicação do compromisso com a saúde pública do estado”, pontuou.
Rosa e Dani
Das seis deputadas da casa, apenas Dani Portela (PSOL) e Rosa Amorim (PT) participaram da abertura do evento. “Hoje é um dia de demarcar que as mulheres têm voz, que nós somos a maioria na sociedade e, portanto, para nós, hoje é um dia histórico de luta, de resistência”, disse Rosa, ao substituir o presidente na mesa.
Para a deputada petista, a Alepe é um espaço que deveria ser ocupado por mais mulheres por vários motivos e um deles é o fato de elas serem a maioria da população. “Este ano é um ano importante, porque o Dia da Mulher acontece numa democracia, numa retomada do Ministério das Mulheres”, destacou Rosa.
Segundo a deputada, o número do número de feminicídios só tem crescido no país. “A pauta da violência e do combate à fome são muito importante para a gente. Não podemos aceitar que os lares chefiados por mulheres sejam esses em que a gente tem a dura tristeza de ter o aumento da fome, muito mais que os lares chefiados por homens”, reclamou.
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Em seu discurso Dani Portela afirmou que há séculos dizem qual o lugar que a mulher deve estar, que é o espaço privado, realizando tarefas como cuidar da casa, das crianças etc. “O lugar público, da pólis, da cidade foi ocupado eminentemente por homens. Então, hoje é um dia que marca inúmeras lutas para enfrentar amplas desigualdades e a de gêneros é uma delas”, explicou.
Segundo a deputado, a Alepe tem hoje a menor bancada feminina dos últimos 20 anos. “Saímos de dez cadeiras para seis. É um desafio aumentar nossa participação em vários espaços, a política é um deles.
“A cada oito minutos uma mulher sofre violência sexual no nosso país. A maioria delas tem até 13 anos de idade. Uma mulher a cada dez minutos sofre algum tipo de violência. O país é o quinto mais violento do mundo para se nascer mulher. Há menos mulher na política aqui no Brasil que no Afeganistão”, lembrou.