Aliança entre PSDB e MDB passa por momento tenso
Raul Henry (MDB) já tornou público que união com PSDB, no âmbito estadual, é impossível
Os últimos dias têm sido tensos para o PSDB e o MDB. Em fase de negociação para selar aliança em torno da candidatura de Simone Tebet, senadora pelo MDB no Mato Grosso do Sul, à Presidência da República, os dois partidos ainda dependem de entendimentos regionais para fechar o acordo, que envolve ainda o Cidadania. O partido dos tucanos estipulou um prazo até a próxima quarta-feira (8) para que o MDB ajude a angariar suporte à sigla em Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande Sul.
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O deputado federal Raul Henry, presidente estadual do MDB, já tornou público que a aliança com o PSDB, no âmbito estadual, é impossível. "Mesmo com todo o respeito que temos à postulação da ex-prefeita Raquel Lyra, aqui em Pernambuco temos uma sólida relação com a Frente Popular, com participação no Governo do Estado e na Prefeitura do Recife", reiterou o deputado à reportagem da Folha de Pernambuco.
Raul Henry acrescentou ainda que "na impossibilidade de o MDB formar uma chapa de deputados estaduais, o PSB acolheu nossos candidatos. Também reforçou nossa chapa de deputados federais com alguns de seus quadros. Isso estreitou ainda mais a nossa aliança política".
Embora a aliança - nas palavras dele - seja "impossível", o presidente estadual do MDB ressalta que o partido tem um vínculo histórico com o PSDB. "O MDB de Pernambuco apoiou todos os seus candidatos à Presidência da República. Agora, gostaria muito de ver o apoio do PSDB à senadora Simone Tebet (MDB-MS), única presidenciável capaz de viabilizar uma alternativa de terceira via no Brasil".
Após almoço comandado por Bruno Araújo, presidente do PSDB, na última quarta-feira (1), em Brasília, o partido divulgou nota em que aborda o prazo dado ao MDB: "Na quinta-feira, 9 de junho, a executiva ampliada do PSDB se reúne para confirmar o apoio a Tebet ou o lançamento de candidatura própria à Presidência".
Nos bastidores, comenta-se que, durante o almoço, o deputado Aécio Neves (MG) perguntou ao ex-governador Eduardo Leite (RS) se ele toparia disputar o Palácio do Planalto pelo partido. O gaúcho teria respondido que sim, caso seja o desejo da sigla.
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