Amigos e familiares se despedem de Dorany Sampaio
Bruno Sampaio, o mais novo dos sete filhos, falou sobre o legado de seu pai, tanto na política quanto na vida da família. "Para nós da família realmente é muito difícil. Mas resta o consolo do exemplo dele para a família, para os amigos que ele soube construir. Recentemente, eu ouvi de um amigo que ele foi um grande construtor de pontes. E esse é o grande legado dele, foi formar a família toda nesse exemplo e foi deixado na política também o exemplo de que, ele não fez inimigos e nem adversários, mas sempre foi tratado com muito respeito e sempre tratou todos com muito respeito".
No velório, o deputado Waldemar Borges (PSB) afirmou que Dorany Sampaio foi exemplo “farto de dignidade, de compromisso, de família”. “Pessoa firme nas suas convicções, mas ao mesmo tempo mas larga na sua capacidade de se relacionar com o contrário. Um democrata na sua essência", disse Waldemar Borges. "Dorany foi o expoente de uma geração que cumpriu um papel muito importante. Foi a geração que reagiu ao golpe, institucional, no momento em que o golpe se instalava”.
O ex-governador Gustavo Krause (DEM) falou da personalidade do emedebista. "A figura política dele o Brasil todo conhece! Há um aspecto da personalidade, de Dorany que eu vi de perto. Que era de um homem gentil. A gente fica num mundo tão cotidiano, tão áspero e ele era uma pessoa muito gentil", afirmou.
Muito emocionada, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) lembrou da amizade que nutria com Dorany Sampaio e afirmou que o emedebista tem um peso político na história política de Pernambuco. "E para mim, pessoalmente, também. Eu estava dizendo a Dona Nizete, lembrando a ela, que não teve um momento importante na minha vida que eu não tenha recebido um e-mail dele. E hoje eu fiz a pesquisa e encontrei todos os e-mails e imprimi alguns", afirmou. "Do ponto de vista pessoal, eu tive a sorte de construir com ele uma relação a despeito de posicionamentos partidários, de tudo, mas uma relação de muito carinho e de muita verdade".
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Já o jurista José Paulo Cavalcanti lembrou que Sampaio começou a vida como oposição a ditadura e pagou o preço de ser cassado. "Depois foi sempre correto na vida pública. E hoje fica cada vez mais raro, o exemplo de correção, contrastando com os exemplos que a gente vê em Brasília reforça a importância do bom proceder com relação as coisas públicas", disse.