Anderson atribui prisão do ex-ministro à "perseguição contra os evangélicos"
Pré-candidato ao governo considera que existe um movimento articulado para enfraquecer Bolsonaro
Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o pré-candidato ao governo de Pernambuco Anderson Ferreira (PL) considerou "perseguição contra os evangélicos" as denúncias, investigações e prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos (SP), o ex-ministro é acusado de favorecimento de pastores na distribuição de verbas, além de suposta participação em crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
"O segmento evangélico hoje é muito forte e a maioria apoia o presidente Bolsonaro", argumentou o pré-candidato durante entrevista à Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7, na manhã desta quinta-feira.
Anderson Ferreira chamou de "estardalhaço" a operação realizada pela Polícia Federal, no último dia 22, e que resultou na prisão do ex-ministro e de mais quatro pessoas, entre elas, os pastores Gilmar Santos e o Arilton Moura, suspeitos de participar do esquema.
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Na análise do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, as investigações fazem parte de um "movimento calculado" para desconstruir e enfraquecer o nome do presidente Bolsonaro. "A PF foi na casa do ex-ministro para criar mídia. Agora, se ele (o ex-ministro) estiver errado, vai responder. O presidente já deixou isso muito claro", observou, sem responder se também colocaria "a cara no fogo" por Milton Ribeiro, como Bolsonaro declarou na época das denúncias.
O pré-candidato também descartou a importância de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.
"Apuração não é só CPI que faz. Há outras ferramentas. CPI vira palanque eleitoral. A gente sabe como funciona. Os órgãos competentes têm que auditar e os responsáveis precisam pagar por isso. Sem sensacionalismo barato", argumentou.
O requerimento pedindo abertura da CPI foi entregue na terça (28) pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A decisão cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). e deve ser tomada na próxima semana.