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Após mandato relâmpago, Michele Collins mira Câmara dos Deputados em 2026

Parlamentar também defendeu a pauta dos intervalos bíblicos em entrevista à Rádio Folha

Folha Política - Missionária Michelle Collins (PP) Vereadora do Recife - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, na manhã desta quinta-feira (21), a vereadora Michele Collins (Partido Progressista) fez um balanço de sua atuação na Câmara Municipal do Recife e também comentou sobre sua experiência como deputada federal por quatro meses, além de discutir temas polêmicos como a presença dos intervalos bíblicos nas escolas.

Experiência no Congresso Nacional
Michele Collins teve a oportunidade de atuar por um breve período como deputada federal, substituindo Clarissa Tercio durante a sua candidatura à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. A parlamentar relatou que a experiência foi profundamente enriquecedora.

"Eu sentia uma responsabilidade muito grande de saber que tudo o que eu fazia, além de ser para o meu povo de Pernambuco, era também para o Brasil inteiro", disse a vereadora.

Durante os quatro meses em que esteve em Brasília, Michele apresentou 120 projetos.

"Saí de lá com a sensação de dever cumprido", destacou ela, enfatizando que cada proposta foi uma "semente plantada" para o futuro.

Apesar de sua curta passagem, Michele Collins revelou que a experiência no Congresso a deixou com um "gostinho de quero mais". Ela demonstrou seu desejo de continuar atuando em Brasília, afirmando que está pronta para seguir os comandos do partido e trabalhar mais intensamente pelas questões que afetam a população de Pernambuco.

"Se o partido entender que é necessário, estou aqui como soldado do partido para poder obedecer. Me sinto preparada para isso", concluiu.

A Câmara Municipal e as questões de costumes
Collins refletiu sobre o perfil atual da Câmara Municipal do Recife, que frequentemente se vê imersa em debates sobre questões ideológicas e de costumes. Quando questionada sobre o foco em pautas como os intervalos bíblicos, a vereadora reconheceu que esse tema ganhou relevância, mas defendeu que, além disso, a Câmara precisa estar atenta a problemas mais urgentes e estruturais da cidade, como a melhoria da infraestrutura urbana, saúde pública e segurança.

“Estamos na Câmara trabalhando para cuidar da rua, da galeria, dos buracos, da iluminação, do posto de saúde, e de repente chega uma pauta dessa [sobre os intervalos bíblicos]. O que temos que fazer? Atuar", afirmou Collins.

Ela explicou que a polêmica sobre os intervalos bíblicos surgiu após uma provocação do Sindicato dos Professores ao Ministério Público e que a questão não foi gerada pela Câmara, mas precisou ser abordada devido à sua relevância para a comunidade. Para ela, os intervalos bíblicos são uma forma de garantir a liberdade religiosa, um direito já assegurado pela Constituição Brasileira.

Michele Collins se mostrou firme em sua defesa dos intervalos bíblicos nas escolas, destacando que essa prática não é imposta, mas uma escolha dos próprios estudantes.

"Eu ouvi depoimentos emocionantes de jovens que, através desse momento, conseguiram superar dificuldades pessoais, como crises familiares e até pensamentos suicidas", destacou a vereadora, ressaltando que muitos estudantes encontraram um espaço de apoio emocional e espiritual durante os intervalos.

Ela criticou o Sindicato dos Professores (SINTEPE) pela oposição à continuidade dessa prática, sugerindo que o foco da entidade deveria ser a violência nas escolas e o uso de drogas entre os estudantes, questões que, segundo ela, são mais urgentes e impactam diretamente a segurança e a saúde mental dos jovens.

"O que precisamos é de mais segurança nas escolas, combater a violência entre as galeras e dar uma atenção maior à saúde mental dos nossos jovens", defendeu.

Para a parlamentar, a questão dos intervalos bíblicos não fere o princípio da laicidade do Estado, já que a prática religiosa ocorre de forma voluntária e respeita o direito de quem não compartilha da mesma fé.

"Cada pessoa pode expressar sua fé, mas respeitando o direito dos outros. Isso é o que queremos garantir: a liberdade religiosa e o respeito à laicidade do Estado", afirmou.

Confira a entrevista completa abaixo: 

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