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Após morte de Miguel, Gleide elabora lei que proíbe uso de elevador por criança desacompanhada

Gleide Âgelo - Caio Danyalgil / Folha de Pernambuco
A deputada estadual Gleide Ângelo deu entrada em um projeto de lei, nesta quinta-feira (4), que proíbe o uso de elevadores por crianças desacompanhadas de um adulto. A iniciativa foi inspirada em legislação semelhante do estado de São Paulo e visa casos com o do menino Miguel, que faleceu após cair do nono andar de um edifício. Ao acompanhar a mãe no trabalho, o jovem resolveu ir atrás da mãe, saiu do apartamento, entrou no elevador sozinho ―com o consentimento da empregadora da mãe ― e se perdeu no prédio. Em seguida, caiu de uma altura de 35 metros.

"Estou dando entrada nessa Lei hoje, para que no futuro as pessoas se sintam no mínimo legalmente obrigadas a fazerem o que é certo e que também é o óbvio: Miguel jamais deveria ter sido colocado naquele elevador sozinho (ainda mais daquela forma). Ele jamais deveria ter ido em busca de sua mãe sozinho. Não é uma questão legal, é uma questão de sensibilidade e amor à vida humana de uma criança inocente", afirmou a deputada.

A parlamentar lamentou a morte do garoto e disse que o caso reflete a "desigualdade social no Brasil". “O caso Miguel nos revela diferentes retratos de nosso país. Ele expõe questões que envolvem tanto o descaso com a vida humana quanto os problemas estruturais e históricos relacionados à desigualdade social no Brasil. As imagens das câmeras de segurança do condomínio localizado no centro do Recife me chocaram. Os últimos dias dias têm sido de muita reflexão. Precisamos parar e pensar sobre tudo que vem acontecendo ao nosso redor", afirmou.


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