Assembleia Legislativa de cara nova para 2023

A eleição traz como novidade a maior presença de políticos conservadores

Alepe - Rinaldo Marques/Arquivo Alepe

Novas caras do bolsonarismo vão entrar na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a partir do próximo ano. Isso porque dos 49 parlamentares eleitos, boa parte deles são ligados ao partido de Jair Bolsonaro (PL). O destaque foi para a eleição do Pastor Junior Tercio (PP), que recebeu mais de 183 mil votos e foi o mais aprovado deste pleito, seguido do Coronel Alberto Feitosa (PL), com mais de 146 mil votos.

Um ponto que chamou a atenção na corrida para os cargos deste ano foi a queda na quantidade de votos da Delegada Gleide Ângelo (PSB). Ela que na última eleição conquistou 391 mil votos, desta vez reuniu apenas mais de 118 mil, se garantindo como a terceira deputada mais bem colocada.

“Para qualquer deputado ou deputada é difícil repetir votação. A deputada Gleide não surpreende nesse processo, mas quando se tem um mandato existe naturalmente um processo de desgaste e é difícil manter uma mesma aceitação quando se estreia na vida pública”, avalia o cientista político Hely Ferreira. 

Primeira tentativa
Outros destaques da nova configuração da Assembleia Legislativa de Pernambuco são os novos integrantes da Casa que foram eleitos já na primeira tentativa de disputa pelo cargo. Como novidades estão nomes como de Eriberto Filho (PSB), com mais de 78 mil votos; Gilmar Junior (PV), com mais de 68 mil votos; e Dani Portela (PSOL), com mais de 38 mil votos.
 
“Para quem está começando é sempre muito difícil. Existem candidatos que não dependem de uma tradição familiar e muitos têm méritos e competências para capitanear os votos. À medida que vão exercendo o mandato, conseguem aprimorar isso. Algumas pessoas podem ser novas na casa legislativa, mas também podem não ser na vida pública”, destaca Hely. 

Além dos nomes novos que chegam à Alepe, outros candidatos já tradicionais no cenário político conseguiram os votos necessários para atuar na casa. Candidatos como Rodrigo Novaes (PSB), João Paulo (PT), Simone Santana (PSB), Pastor Cleiton Collins (PP), Kaio Maniçoba (PP), obtiveram sucesso em suas campanhas. 

Uma nova Alepe
Com a eleição dos novos parlamentares, o cenário e o posicionamento da Assembleia deverá ser diferente em comparação com o momento atual da Casa. Com deputados e uma base mais próxima ao atual governo do PSB, a chegada de novos parlamentares e de nomes expressivos próximos a Bolsonaro demonstra uma nova base conservadora mais fortalecida.

Segundo o cientista político Hely Ferreira, a condução da Alepe com o governo do Estado será um desafio para quem assumir o Palácio do Campo das Princesas em 2023.

“É algo que deve mudar em relação ao que está atualmente na Alepe, contando agora com uma base mais conservadora. É possível que a Alepe seja diferente do que é hoje e vai depender de quem estará no comando do poder Executivo.

A democracia subentende-se pela separação dos poderes, mas ser deputado significa ter a consciência de que é um representante do povo, precisando ter responsabilidade”, analisa.

Formação das bancadas
Apesar do crescimento dos partidos e políticos conservadores, o PSB continua com a maior bancada da Alepe. Serão 14 parlamentares. A segunda maior bancada fica por conta do PP, com 8 deputados; seguido de PL e União Brasil com 5, cada um.

Completam ainda as bancadas o PT, PV, Solidariedade e PSDB com 3 deputados cada; além de Republicanos com 2; e PC do B, PSOL e Patriota com 1 parlamentar cada.

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