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Assista à sabatina do candidato ao Governo de Pernambuco Jadilson Bombeiro na Rádio Folha

A entrevista foi ancorada pelo radialista Jota Batista e contou com a participação de colunistas

Sabatina com Jadilson Bombeiro (PMB) - Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

Assista à sabatina da Rádio Folha 96,7 FM com o candidato ao Governo de Pernambuco pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), Jadilson Bombeiro

A entrevista foi ancorada pelo radialista Jota Batista e contou com a participação de colunistas da Folha de Pernambuco

Assista:

A sabatina foi ao ar no Folha Política até o meio-dia. 

Nos primeiros 30 minutos de debate, foram abordados temas administrativos como saúde, segurança pública, educação e cultura, infraestrutura, desenvolvimento econômico, e os últimos 30 minutos dedicados a falar sobre política partidária. 

A sabatina com Jadilson Bombeiro dá sequência à série com todos os candidatos ao Governo de Pernambuco nestas eleições, que vai até o próximo dia 31.

Sobre ser governador

Quando recebi o convite do presidente estadual do partido, achei um grande desafio para alguém que veio como candidato a vereador em Olinda. Em uma semana eu dei a resposta. Comecei a fazer análises e pesquisas de satisfação da política no Estado e, acredite, quase 80% das pessoas estão insatisfeitas. Percebemos que são os mesmos nomes que a média e a grande política. Os Campos, Ferreiras, Lyra, Arraes tiveram a oportunidade de mudar a história de Pernambuco e não o fizeram. Um Estado que tem um volume de águas que consegue alagar diversas é o mesmo que não consegue colocar água nas torneiras.

Segurança Pública

Quando eu mostro, no programa de governo, a arrecadação de 50% para as corporações, eu quero garantir que os militares que enfrentam fogo e resgate nas ruas tenham logística suficiente para exercer seu ofício. Os valores que são arrecadados pelo Corpo de Bombeiros são mínimos. Temos, na verdade, verdadeiros heróis. Falando em segurança pública, falamos de efetivo. Não tem como. Precisamos entender que os valores gastos nessas áreas não são realmente gastos, mas investimentos. Precisamos valorizar os profissionais de segurança pública e os funcionários públicos para ter um serviço que o povo merece.

Chuvas e Saneamento Básico

Vejo muitos candidatos usando de oportunismo e achar que metendo o pau no governo é fazer política. Precisamos diferenciar catástrofe da ineficiência humana. No nosso Estado, o modelo político não visiona o ser humano em primeiro lugar. Preocupam-se muito mais em fazer as coisas do que cuidar das pessoas. Receita nós temos; o que falta é querer fazer. Desde Eduardo Campos que nós temos cinco barragens pra fazer. Era um compromisso dele. Foi por falta de receita? Claro que não. Tudo tem que ser relacionado ao querer fazer e nunca em cima da falta de recursos. Todas as vezes que não tiver investimentos naquilo que vai, de fato, mudar as vidas das pessoas (ou que haja superfaturado), a receita do Estado vai dar uma diminuída. No nosso governo, vamos acabar com isso. O marco do saneamento básico está aí. Precisamos trazer isso para Pernambuco. Precisamos sair da inércia. Se colocarmos os mesmos nomes que estão aí, não adianta cobrar diferença depois. Não aproveitei para acusar um governo, mas todo um modelo. Esses cinco candidatos que estão aí estão montados no mesmo plano de governabilidade. A diferença é que eu irei fazer.

Poços no Sertão

Pesquisei alguns geólogos e profissionais que trabalham na distribuição de água. Existem lençóis freáticos e temos como dar água aos sertanejos. O candidato que chegar aqui e falar que vai levar água pras pessoas com o mecanismo atual estará faltando com a verdade com a população pernambucana. Não podemos mais estar protelando, pois nosso problema é estrutural. Em quatro anos, prevemos resolver o problema de 50% da população.

Educação

O modelo educacional implantado no País, caso permaneça da mesma forma, vai acabar com o País. Acredito que é do conhecimento de todos que não existe um processo de reprovabilidade na educação pública. Você não tomaria uma vacina se não passasse pelo crivo dos testes. Nossos alunos não estão sendo avaliados. Este é o problema. No segundo tempo, vamos investir em esportes. Precisamos de um novo complexo esportivo Santos Dumont, por exemplo. Com isso, vamos incentivar os alunos e direcioná-los ao esporte ou à cultura, se assim desejarem. Precisamos tirá-los da ociosidade e combater, de quebra, a criminalidade. Esta é a nossa visão pro futuro.

Saúde

Vamos resolver pelo menos em 80% o problema da saúde. Eu chamo o projeto de Saúde em Primeiro Plano. Vamos fazer um check-up geral em toda a população: hemograma, eletrocardiograma, entre outros. Uma conversa direta com o nosso médico mostra que muita gente que toma remédio por conta própria corre risco de ter doenças graves. Eu sou bombeiro, trabalho com prevenção e sei como ela salva vidas. O poder público precisa comandar de forma eficaz. Para isso, precisamos da elaboração de laboratórios. Tudo que eu falar aqui a título de RMR serve para todas as outras regiões. Não sou contra OS, mas acredito que tudo tem que ser revisto. Tem que se conversar novamente para preservar a qualidade do serviço público para as pessoas.

Pacto pela Vida

Acho até engraçado quando falam do programa e não entendem de nada do que foi o Pacto pela Vida. O governo apenas aumentou o efetivo policial. É matemática: um aumento do efetivo significa uma queda da criminalidade. No concurso de 2006, ele chamou todos os aprovados do concurso. Nosso plano de governo é fazer isso. E é bem ampla: precisa da valorização do profissional, seja na parte da remuneração e na saúde do trabalhador.

Economia

A verdade é que a nossa economia está em declínio. Mas é o governo de governabilidade que está em curso no Estado o responsável. É um modelo que impõe aos empresários as mais diversas vistorias e a gigante burocracia. Não podemos olhar para a economia do serviço público como se fosse uma empresa privada. Nosso plano de governo pretende investir em turismo como nunca se investiu antes. Você precisa vender o turismo. Precisamos vender a nossa capital. Por que não se tiraram aqueles presídios de Itamaracá? Visitei recentemente Gramado e eles vendem turismo lá. Eles arrecadam muito mais com turismo do que com as fábricas. Nós temos uma riqueza cultural muito grande aqui em Pernambuco. 

Rodovias

Não passou pela minha cabeça a quadruplicação, confesso. Quando vejo um governo desses, sinto a falta de trabalhar a pessoa humana. Eu quero, em dois anos de governo, ver a nossa cara e sentir um governador paizão. As coisas virão paulatinamente. Faço questão que as diversas secretarias tenham pessoas qualificadas.

Mulher como cabeça de chapa

É uma sigla. Nós temos uma mulher como vice. Existe uma diretriz no nosso partido que diz que a mulher precisa estar na cabeça (presidência ou vice). No nosso caso, a presidente nacional do PMB é uma mulher e o vice é um homem.

Mudança de nome do PMB

O que está no nosso conhecimento é que o novo nome do partido será Por Mais Brasil (PMB).

Caminhar sozinho enquanto PMB

Caminhar sozinho é porque, dentro da esfera nacional, a presidente do partido não se aliou com ninguém. Mas política tem a necessidade de se andar ao lado de pessoas.

Direita x Esquerda

Eu não tenho problemas com isso. Pra mim, eu dialogo com qualquer presidente. Nosso partido tem um histórico de centro-esquerda, mas nossa presidente é bem aberta. Essa coisa de direita e esquerda está sendo uma ditadura política. Como estudioso político, me interesso por muita coisa boa da direita e da esquerda. Quero dizer que as pessoas que defendem esquerda ou direita estão numa bolha terrível. Eles não fazem autocrítica. Se acham os suprassumos.

Insatisfação da população com a política

Eu sempre tive uma sensibilidade com todas as pessoas. Lembro da facilidade que Eduardo Campos tinha em agregar inimigos. Precisamos modificar o cenário atual. Os estudos da política mostram uma nova modalidade de se fazer política ou viveremos dias muito difíceis.

Negociação com Jair Bolsonaro para ele ir ao PMB

Política partidária tem vínculos. Não ficou nada firme (com ele). Como não tive participação direta, fica difícil mensurar o motivo real (da desistência). Acredito que o fato dele não ter vindo foi o tamanho do partido.

Candidatura em Olinda

Quem trabalha política de forma técnica não mensura a posterior antes de terminar a atual. Esse é um ponto de vista básico. Se eu disser que não tenho desejo de lutar pela minha cidade, estarei mentindo. Não sei se para 2024, mas o interesse permanece. Minha cidade tem sido muito maltratada.

Negociação com partidos

É importante entendermos que aprendi a respeitar todos os profissionais. Existem excelentes profissionais em todos os partidos. Se não colocarmos o ser humano em primeiro plano, está tudo acabado. Não terei problema nenhum em agregá-los ao nosso governo.

Politização dos quartéis

Meu posicionamento é claro: a política tem que entrar em toda a mente humana. Quando as pessoas tiverem uma mente melhor sobre ela, tudo fluirá. Ali são seres humanos, dotadas de nacionalismo e com opinião. Eu só não concordo com essa política em forma de bolha, como fazem com as religiões. Quando você leva a política para dentro de um segmento, mas fazendo com aquele ciclo esteja pautado apenas no entendimento de uma visão política, eu sou contra. Dentro dos quartéis, pelo menos na minha ótica, tem-se visto uma boa discussão das ideias. Óbvio que temos aqueles mais conservadores nas opiniões — seja de esquerda ou de direita.

Risco de golpe militar

Não corremos esse risco. Embora vivamos uma democracia muito mitigada, não vejo essa possibilidade.

Urnas Eletrônicas

Elas estão aí até o dia de hoje. Nunca foi apresentada nenhuma distorção. Na última eleição teve aquela paralisação, mas não houve comprovação. Se tivesse, estaria gerando uma desconfiança. Mas eu sou favorável a todos os mecanismos que puderem ser usados para a comprovação e confiança nas urnas.

Mulher no governo

Vai ter vaga no meu governo. Paritária, pois estamos falando de competência. Vamos encontrar mulheres que combatem fogo no Corpo de Bombeiros até com mais destreza que os homens.

Substituta da vice

A tenente Rose, que seria a minha vice, estava filiada ao Pros. Quando foi feita a filiação, a data-limite já tinha sido extrapolada. Sentimos muito, mas tivemos que seguir em frente.

Considerações finais

Quero agradecer a poder usar a nossa voz e mostrar ao povo um modelo de governabilidade diferente. Tenho dito que gosto muito mais de falar pelas atitudes do que pelos atos. Minha história de vida sempre se pautou em cuidar de vidas. Quero dar um grande grito de independência dessas oligarquias que estão aí presentes.

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