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Audiência na Alepe discute distorções no Plano de Cargos e Carreiras de professores da UPE

Encontro acontece nesta quarta-feira (23), no Auditório Sérgio Guerra, a partir das 9h

Prédio onde funciona o Auditório Sérgio Guerra, da Alepe, fica na Rua da União, Centro do Recife - Foto: Divulgação

Distorções no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos professores da Universidade de Pernambuco serão tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Centro do Recife, nesta quarta-feira (23). A proposição é do deputado Gilmar Júnior (PV).

O encontro acontece a partir das 9h, no Auditório Sérgio Guerra e vai contar com a presença de parlamentares e representantes da Associação dos Docentes da UPE (Adupe). O vice-reitor da UPE, José Roberto Cavalcanti, também deve participar. O PCCV foi definido em 2007.

"De lá para cá foram feitos alguns remendos. Mas muita coisa mudou. A universidade cresceu e o plano está arcaico, caducou", registra o vice-presidente da Adupe e professor da Faculdade de Ciências Médicas, Luiz Oscar Cardoso Ferreira. 

Ele defende uma revisão mais ampla do plano de cargos. Atesta que existe um canal de negociação aberto com a Secretaria de Administração do Estado e que as discussões têm avançado. "Mas a porposta do Executivo é reestruturar os PCCVs até 2026, e há questões mais urgentes para definirmos", enfatiza o vice-presidente da Adupe, pontuando as prioridades para a categoria.

 

 

 

Propostas imediatas
Na lista estão a mudança dos critérios de progressão de professor adjunto para professor associado; criação da função do professor titular de carreira; correção da defasagem salarial dos atuais professores titulares e revisão da gratificação dos professores da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

Por lei, a UPE deveria ter 1.301 professores. Hoje são 1.240 e entre eles mais de 800 são doutores. A universidade tem hoje 10 professores titulares. Pela lei, são 12, mas segundo Luiz Oscar também é preciso esse número.

Ele estima que a unidade demande aproximadamente cem profissionais. O último concurso para titular aconteceu em 2001. Esses docentes, calcula, enfrentam uma defasagem salairal de, pelo menos, oito anos. A categoria também defende critérios menos rigorosos e mais justas na progressão interna.

"A universidade cobra o que nem sempre oferece. As unidade de Serra Talhada, no Sertão, e de Palmares, na Mata Sul, por exemplo, não têm pós-graduação, o que já deixa em desvantagem os profissionais dessas regiões", registra. 

Os docentes esperam que a audiência desta quarta-feira sirva para agilizar a apresentação de soluções por parte do Governo. A Universidade de Pernambuco é vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia.

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