Câmara abre diálogo com governadores
O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), convidou os governadores para participarem do debate no Congresso Nacional para a formulação do Orçamento Geral da União de 2021. O parlamentar ainda quer aproveitar o encontro para ouvir os chefes estaduais do Executivo para debater sobre soluções para a crise econômica em virtude da pandemia da Covid-19. O encontro será realizado no começo desta semana.
O convite do parlamentar ocorreu pelo Twitter, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticar os governadores que têm adotado medidas mais restritivas para conter o número de novos casos de coronavírus nos estados. “Neste momento em que inúmeros governadores estão tendo que tomar a difícil decisão do lockdown, é hora de contribuir, buscando novas alternativas e novas vias legais para, juntos, mitigarmos essa crise”, enfatizou Lira.
Ao menos 13 estados endureceram regras e limitaram o funcionamento do comércio e a circulação de pessoas para tentar evitar o avanço da doença, causando um colapso no sistema de saúde. De acordo com presidente da Câmara, o encontro não tem data e nem hora definidos, mas ocorrerá ainda nesta semana, por teleconferência, e contará com a participação da presidente da Comissão Mista do Orçamento da Casa, deputada Flávia Arruda (PL-DF), e do relator do tema, senador Márcio Bittar (MDB-AC), para ouvir como o Orçamento pode ajudar no combate à pandemia.
“Neste momento em que inúmeros governadores estão tendo que tomar a difícil decisão do lockdown, é hora de contribuir, buscando novas alternativas e novas vias legais para, juntos, mitigarmos essa crise”, ressaltou. “Com o recrudescimento e nova onda da pandemia, quero chamar todos os governadores para contribuírem com sugestões na formulação do orçamento geral da União”, completou o deputado.
O encontro estará na agenda do governador Paulo Câmara (PSB), segundo a assessoria do chefe do Executivo. Em Pernambuco, os casos de Covid-19 têm aumentado, o que levou o governador a restringir a proibição de atividades não essenciais entre 22h e 5h, todos os dias da semana, no Estado.
Na última sexta-feira, o presidente Bolsonaro afirmou que governadores que tomarem medidas de restrições de atividades deverão bancar o auxílio emergencial, benefício que deve ser recriado pelo governo federal para ajudar trabalhadores informais afetados pela crise sanitária. "O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar o seu estado, que destrói o seu estado, ele que deve bancar o auxílio emergencial", declarou.