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Câmara do Recife discute Marcha da Maconha

Vereador do Recife Ivan Moraes Filho (PSOL) - Beto Figueiroa/Divulgação
A Câmara do Recife discute voto de aplauso aos 11 anos da marcha da maconha. Por oito votos a favor e doze contrários, a proposta do vereador Ivan Moraes (PSOL) não foi aprovada, mas gerou um intenso debate na Casa esta tarde. O tema foi levado a discussão na tribuna por Moraes e por Michele Collins (PP). O principal argumento dos parlamentares que se posicionaram contrários é que “faz muito mal à saúde”, como reforçou o vereador Antônio Luiz Neto (PTB).

A marcha aconteceu no último sábado (19) e percorreu importantes avenidas da Cidade do Recife. Em seu aparte, o vereador Jayme Asfora (PROS), explicou que não se tratava de uma apologia às drogas, mas sim do “aplauso a uma manifestação de pensamento”.

De acordo com o autor da proposta, o Ministério Público já se pronunciou sobre as movimentações que ocorrem em todo País “assegurando a liberdade de expressão e esclarecendo que não fazia apologia a drogas”. Ainda de acordo com ele, o voto de aplauso é somente uma forma de fortalecer uma bandeira. “A proibição mata muito mais que a droga. Precisamos fazer uma pergunta: quanto àquelas pessoas que têm um relacionamento problemático com drogas, queremos prendê-las, queremos matá-las ou queremos cuidar delas?”.

Para o vereador Renato Antunes (PSC), a diferença entre o uso recreativo e medicinal precisa estar bem estabelecido para que a Câmara do Recife aprove uma homenagem. “Não estamos aqui para ser contra a livre manifestação. Há marchas para tudo. Faço minhas as palavras de Antonio Luiz Neto. Sabemos que a erva foi criada para um propósito. Faz uso dela quem quer. Mas não podemos confundir o uso medicinal com o uso indevido”.

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