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Câmara do Recife rejeita retirada do busto de Castelo Branco da Caxangá

Votação ocorreu por videoconferência

A Câmara do Recife rejeitou, nesta segunda-feira (06), o requerimento que pedia a retirada do busto do Marechal Castelo Branco, primeiro presidente da Ditadura Militar, localizado na Avenida Caxangá. O requerimento foi derrotado por 15 votos a 7, em sessão realizada por videoconferência. 

"Está sendo homenageado no Recife um ditador, uma pessoa que deu origem ao Golpe de 64, um período em que foram assassinados mais de 400 militantes políticos e torturadas mais de 20 mil pessoas", afirmou o autor do pedido, vereador Ivan Moraes Filho (Psol), acrescentando que "não podemos acreditar que uma homenagem dessa possa permanecer".

Líder da oposição, Renato Antunes (PSC) afirmou que "seria contraditório votas contra um herói brasileiro". "Um integrante da força expedicionária, dedicou 300 dias da sua vida no campo de batalha na Itália. Uma justa homenagem ao homem que ajudou a construir a própria história do Brasil", disse o vereador, frisando que muito foi feito pelo Brasil "na época do regime militar". 

A vereadora Irmã Aimée (PSB) justificou o seu voto por conta da possível abertura de um "precedente perigoso". "Abriria um precedente perigoso na cidade, precisa de mais debate, de amadurecimento. No mínimo, antes, devemos ouvir o povo em uma audiência pública. Devemos aprender com a história e não apagar", ressaltou. 

João da Costa (PT), por sua vez, destacou que a retirada não seria uma tentativa de "mexer na história". "Não dá pra esconder nossos valores fazendo referência de que não se pode mexer na história. Claro que não se pode. Agora, debater os valores de cada período histórico isso se pode fazer", avaliou. 

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