Carlos Veras acredita que Paulo Câmara deve ser contemplado por Lula, mas não no primeiro escalão

Deputado diz que, por já ter três ministérios, PSB não seria mais contemplado pelo presidente eleito

Junior Soares/Folha de Pernambuco

O deputado federal reeleito Carlos Veras (PT) afirmou em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha, na manhã desta quarta-feira (28), que não haveria mais lugar para o PSB na lista de ministérios do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PE) por a sigla já ter três. “Acho muito difícil um quarto ministério para o PSB, mas eu não tenho dúvida que o governador Paulo Câmara (PSB) vai está ajudando o presidente Lula a governar”,  acrescentou.

Veras acredita que o governador não vai sair da política após deixar o Palácio do Campo das Princesas e que seguirá com Lula. O deputado deixou no ar que Câmara deve ser indicado, mas não para o primeiro escalão. “Nós temos as estatais, cargos importantes no governo federal, e eu não tenho dúvida que ele (Paulo Câmara) vai está ajudando. Claro que para ministério é mais difícil pela quantidade de ministros do PSB, e a gente precisa contemplar todas as bases que vêm compondo o governo do presidente Lula”, justificou.

O deputado também confirmou que membros da cúpula do PT de Pernambuco encaminharam um pedido a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, para que ele assuma um dos ministérios no governo do presidente eleito. Depois de agradecer às lideranças políticas locais pela indicação, o deputado disse que é uma reivindicação do partido.

“Não é uma reivindicação de Carlos Veras, é uma reivindicação do Partido dos Trabalhadores por tudo que representa o PT em Pernambuco. Pela contribuição que vem dando ao longo dos anos para a direção nacional do PT para um projeto do PT em nível nacional”, justificou.

Para Veras, o PT de Pernambuco foi importante na eleição de Fernando Haddad, em 2018, viabilizando a aliança com o PSB e agora, em 2022, quando retirou a candidatura ao governo do estado do senador Humberto Costa para viabilizar a aliança nacional com o PSB. “Pernambuco quer continuar contribuindo, e contribuindo com o governo do presidente Lula”, acrescentou.

Por ser ligado à agricultura, Carlos Veras poderia ser indicado para o Desenvolvimento Agrário. “A gente tem essa identidade maior com o Desenvolvimento Agrário, mas não significa que só tem essa opção”, lembrou. Segundo o deputado, as outras opções seriam o Ministério da Previdência, o das Cidades e de Desenvolvimento Regional.

“O nome apresentado é o de Carlos Veras, mas se por ventura vier a ser apresentado um ministério que tenhamos outro companheiro ou companheira que se identifique e que possa realizar essa função melhor que Carlos Veras,  Carlos Veras vai está junto”, esclareceu.

O deputado relembrou quando o nome dele foi indicado para o Senado, mas acabou sendo Teresa Leitão a candidata, porque se acertou naquele momento essa estratégia e ele acatou. “Conseguimos eleger uma senadora, e Carlos Veras foi o mais votado da federação. A gente acertou na estratégia”, afirmou. 

Quanto a base que Lula vai construir no Congresso, ele disse que o presidente eleito já tem uma vitória, que é a aprovação chamada PEC da Transição. "A gente tem procurado os deputados que não votaram na PEC para que depois vote conosco", lembrou. "O presidente Lula já teve uma grande vitória antes de tomar posse", comemorou.

O deputado também falou sobre a resistência do Republicanos em integrar a base do presidente eleito. "Se o Republicanos não vem, que tenham a mesma postura que tiveram na eleição, quando votaram no presidente Lula e não em Bolsonaro", esclareceu.

Em relação à segurança de Lula na posse, Veras disse que se está tomando todo o cuidado, inclusive levando-se em conta a vinda de líderes de outras nações. "Esses atentados são terroristas, são pessoas que estavam tentando matar a população. É bom lembrar que, segundo pesquisa, a maioria dos eleitores de Bolsonaro não defendem esses atos", afirmou.

Quanto ao silêncio do presidente Jair Bolsonaro em relação aos atos antidemocráticos, o deputado foi incisivo. "Falta nele ser o que nunca foi: uma liderança política. Tem que saber liderar quando ganha e quando perde. Se esses atos acontecessem, ele teria responsabilidade direta nisso", lembrou. 

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