Cientista Político analisa corrida eleitoral dos presidenciáveis
“Canetadas” de Bolsonaro estão surtindo efeito no índice de rejeição, mas Lula, segundo ele, pode vencer disputa
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Segundo o cientista político Hely Ferreira, as “canetadas” do presidente Jair Bolsonaro (PL) que está antecipando o décimo terceiro salário para abril/maio, a retirada, até agora, de R$ 1000,00 do FGTS e o Auxílio Brasil, estão diminuindo o índice de rejeição do político que está lutando pela reeleição em 2022.
“É possível sim que essas medidas, o poder da caneta, façam efeito. Aliás, já está surtindo. A gente observa que tem um crescimento do atual presidente, ele é lento, mas ele vem acontecendo. Até porque, quem parte na frente nas eleições, na pesquisa eleitoral, é muito mais difícil se manter do que quem está embaixo crescer. Quem está na frente vai ter que ter muita habilidade para manter-se na liderança”, enfatizou durante entrevista para a Rádio Folha 96,7 FM nesta quarta-feira (16).
Já com relação ao pré-candidato do PT, Lula, o cientista afirmou que as chances dele ganhar as eleições presidenciais são reais, porém, apenas no segundo turno.
"É bom a gente lembrar que as vezes que o PT foi para a disputa com reais chances de vitória, todas as vezes foram para o segundo turno. Lula quando foi eleito, ele foi para o segundo turno. Mesmo bem avaliado ele foi para o segundo turno. Da mesma forma, a presidente Dilma”, afirmou.
Federalização das eleições locais
Os pré-candidatos ao governo de Pernambuco estão federalizando as eleições locais: O atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), está recebendo o apoio de Bolsonaro, e o deputado federal Danilo Cabral (PSB), o de Lula. Com o histórico de apoio dos pernambucanos ao governo petista, o cientista político acredita que o PSB vai focar cada vez mais na imagem do ex-presidente.
“O eleitor pernambucano tem uma inclinação muito maior em votar em um candidato apoiado por Lula, do que por um candidato apoiado por Bolsonaro. Por isso, a gente acredita que o PSB vai federalizar cada vez mais o debate”, finalizou.