Ciro resgata proposta de refinanciamento para enfrentar recorde de endividamento familiar no País
Com o endividamento médio das famílias brasileiras atingindo 70,9% em 2021, o maior patamar nos últimos 11 anos, o pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, resgatou nesta terça-feira (18), através das redes sociais, uma proposta estruturada no Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) desde 2018: o suporte público para renegociação das dívidas e restabelecimento do crédito para os cidadãos.
“Defendo um programa de refinanciamento governamental que ajude nosso povo a limpar o nome no SPC e Serasa”, enfatizou na postagem, referenciando a atuação dos bancos estatais para reduzir o valor das pendências financeiras, que está no patamar médio de R$4.200.
Conforme dados recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o crescimento do nível de endividamento, se comparado com 2020 (66,5%), também alcançou outro patamar histórico: aumento de 4,4 pontos percentuais.
Sobre a inadimplência, 25,2% das famílias relataram a existência de contas em atraso. O comprometimento com cartão de crédito continua como o principal entrave para 82,6% dos entrevistados, seguido dos carnês de lojas (18,1%), financiamentos de carro (11,6%) e casa (9,1%) e crédito pessoal (9%).
Ao citar que “cerca de 60% do consumo do que é produzido no Brasil vem das famílias”, o ex-ministro da Fazenda contextualizou a vinculação direta com três fatores: emprego, renda e crédito. Estes eixos demandam, para o pedetista, um estímulo fundamental proveniente do Estado para geração do ciclo econômico virtuoso e sustentável. “Precisamos consertar os quatro motores mais importantes para reerguer nossa economia: o consumo das famílias, o investimento empresarial, o investimento público e a política industrial e de comércio exterior”, disse.