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Clodoaldo Magalhães explica por que passou a compor a base do Governo Raquel e diz não acreditar no fim da federação

Presidente do PV nega que decisão tenha sido tomada devido a divergências com o PSB em Água Preta

Deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV/PE) - Foto: divulgação

Horas depois de ter conversado, no Palácio do Campo das Princesas, com a governadora Raquel Lyra (PSDB) e fechado acordo para compor a base do governo, o presidente estadual do Partido Verde, deputado federal Clodoaldo Magalhães, participou de duas agendas ao lado da gestora. Esteve no Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, área central do Recife, para entrega de reforma de pavilhão e ampliação do número de Leitos. Em seguida, foi à entrega de diplomas a dez novos Patrimônios Vivos em Pernambuco, no Cais do Sertão, no Bairro do Recife. Entre uma agenda e outra, conversou com a reportagem.

 

Deputado, por que o PV de Pernambuco decidiu integrar a base do governo Raquel Lira?

O PV de Pernambuco já vinha dando apoio à governadora, com o nosso mandato parlamentar, através dos espaços que nós temos no Iphan, por exemplo, articulando ações e emendas parlamentares, através do nosso mandato, do meu mandato de deputado federal, através dos mandatos do deputado estadual Joaquim Lira, do deputado estadual João de Nadege. Então já existia uma sintonia em relação a ajudar o governo da governadora Raquel Lira a dar certo. Isso cresceu ao longo desses 18 meses. E a gente recebeu o convite da governadora de integrar formalmente um espaço de governo e decidimos aceitar. Acho que foi um momento dela, administrativo, onde ela tinha a necessidade de compor a Secretaria de Criança e Juventude, já que outro partido que estava lá, o PDT, não mais continuaria. Então, nesse momento a gente resolveu aceitar o convite dela e passamos a ajudar de maneira mais expressiva, de maneira mais oficial formal, vamos dizer assim.
 

E continua na base do prefeito João Cantos, porque eles são oposição, né, deputado?

Olha, Raquel hoje não disputa a eleição. Ela tem outro candidato em Recife e o Partido Verde está na federação e formalmente já inclusive homologamos convenção e tem o vice do PC do B, lá e temos candidatos avaliadores do PV que estão na base do prefeito João.
 

O senhor acha que a tendência de federação (PT, PV e PCdoB) é acabar?

Olha, os desentendimentos, o mal-estar pontual que pode acontecer numa cidade ou noutra, em Pernambuco, não representam aquilo que a federação no Brasil inteiro tem de cenários. A gente tem mais de cinco mil municípios onde essa federação, vamos dizer, se ajustou. E eu acho que pra você fazer esse ajustamento em milhares e milhares de cidades brasileiras, onde existem diretórios do PT em especial e também do PCdoB e do PV em outras, foi necessário muito diálogo. E, se ela se formalizou e deu certo, eu acredito que existe, sim, uma possibilidade de ela perdurar mesmo após 2026. Não acho que apenas pelo fato de em Pernambuco a gente ter tido um ruído numa cidade, um ruído noutra, ou divergência em uma situação ou noutra, a gente vá profetizar que a federação não prosperará a partir de 2026.

A situação em Água Preta foi importante para o senhor dar esse encaminhamento ao PV?

Eu não costumo tomar decisões baseadas em arroubos ou situações menores, pontuais. Acho até que lá há uma judicialização do processo de intervenção, sem direito de defesa, que talvez finde com o direito do atual prefeito disputar a reeleição. Mas isso não entrou no cômputo do meu juízo em relação a, formalmente, integrar a base do governo Raquel até porque, como a gente está colocando aqui, são coisas bem distintas. 

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