Dani Portela contesta Túlio e diz que instância municipal tem autonomia
Deputado diz que municípios com mais de 200 mil habitantes devem ser definidos pela nacional
Durante evento realizado nesta quinta-feira (20) na Casa Marielle Franco, a pré-candidata à prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL), esclareceu sua posição sobre a disputa interna no partido, destacando a solidez de sua candidatura e a interpretação das resoluções da Federação.
"A candidatura da gente está concreta, está na rua, está construindo", afirmou.
Ela expressou discordância com a interpretação de Túlio Gadêlha, que defende que, em municípios com mais de 200 mil eleitores, a decisão sobre candidaturas deve ser tomada em uma instância maior.
"Na verdade, é uma interpretação que eu discordo, de uma resolução que está abaixo do estatuto da Federação", explicou Dani.
Ela detalhou a questão, afirmando que, conforme o estatuto da Federação, o diretório municipal dos partidos federados tem plena autonomia para indicar um nome para candidaturas majoritárias.
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Dani sublinhou que a resolução mencionada por Túlio refere-se ao arco de alianças e não às candidaturas propriamente ditas.
"O PSOL sempre foi um partido que manteve a sua coerência fazendo para isso um arco de aliança mais restrito", comentou, destacando a importância de manter alianças ideologicamente coerentes.
Segundo Dani, a resolução aplicável aos municípios com mais de 200 mil eleitores estipula que o arco de alianças deve seguir a orientação da executiva nacional da Federação em caso de divergências. No entanto, a autonomia plena dos municípios para decidir sobre candidaturas é reiterada no estatuto.
"Para mim é isso, ele recorreu, deve estar esperando até o prazo legal, mas a gente está muito tranquilo. Não só amparado na legislação vigente e na lei da Federação, bem como nas resoluções", afirmou.
Dani minimizou a controvérsia, descrevendo-a como uma "pseudo celeuma em cima da interpretação de uma federação". Ela enfatizou a parceria sólida entre PSOL e REDE, destacando a importância da federação para ambos os partidos e a colaboração estreita que vem sendo construída.
"Não tem nenhuma divergência entre PSOL e REDE. A gente tem andado alinhado, uma federação que foi importante para ambos os partidos e a gente tem aqui uma parcela expressiva da REDE conosco", disse.
Além disso, Dani destacou o apoio significativo dentro da REDE, citando a pré-candidatura de Alice Gabino à vice-prefeitura e a participação ativa de várias pré-candidaturas da REDE no desenvolvimento do programa de governo.
"A gente tem um projeto para Recife. A gente tem um projeto real, que não é um projeto individual, mas é um projeto construído com os movimentos sociais, com especialistas na área, com pessoas que pisam o chão do território e que fazem a cidade, o Recife real", declarou.
Com uma visão focada no Recife real, ela enfatizou a importância de um projeto coletivo e inclusivo, construído com a participação ativa da comunidade e especialistas, refletindo um compromisso autêntico com a cidade e seus moradores.