Declaração de Lula sobre ações de Israel na Faixa de Gaza repercute na Alepe

Fala, que tornou o presidente persona non grata em Israel, dividiu opiniões na Casa Legislativa

Roberto Soares/Alepe

A fala do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comparando as ações de Israel na Faixa de Gaza, na guerra contra o grupo terrorista islâmico Hamas, ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista, repercutiu na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Na tarde desta segunda-feira (19), o deputado João Paulo (PT) se solidarizou com Lula pela repercussão negativa do episódio, que tornou o presidente persona non grata em Israel. "Reafirmo o nosso apoio aos palestinos e a posição do presidente Lula, que é compactada por vários países no mundo. Ninguém defendeu o Hamas, mas não podemos aceitar o genocídio de Israel contra Gaza. Lula está trazendo de volta o embaixador brasileiro de Israel. Mas falta mandar de volta o embaixador de Israel", declarou João Paulo.

Em contrapartida, os deputados e Oposição ao Governo Federal repudiaram a fala de Lula. "Um verdadeiro absurdo esse posicionamento do ex-detento Lula. Uma vergonha para o povo brasileiro. Lula agrediu, atacou um dos momentos mais difíceis da humanidade. Não poderia deixar e vir à Tribuna para colocar meu repúdio contra essa fala. O que se espera é pelo menos um pedido de desculpas", cobrou Joel da Harpa (PL).

Já o deputado Abimael Santos (PL) disse que "o que espanta é o Hamas devolver as carícias ao ex-presidiário". "Para toda ação existe uma reação. Israel para se defender das mortes de mulheres e crianças precisou lutar", pontuou. O deputado pastor Cleiton Collins (PP) ressaltou: "fica a aqui o meu pedido para que o presidente se desculpe por essa fala".

Para o deputado Renato Antunes (PL), "a diplomacia do presidente Lula é regida pelas ideologias do PT e do PSOL". "A fala de Lula não representa o Partido Liberal e não representa o povo brasileiro. Foi uma afronta ao Brasil e à política internacional, colocando o país num cenário de guerra, numa posição desconfortável", enfatizou.

Waldemar Borges (PSB), por sua vez, se posicionou em defesa do presidente Lula. "A ação do Hamas foi terrorista e não pode receber de forma nenhuma a condescendência de quem quer que seja. É inaceitável, e o presidente Lula reafirmou isso, inclusive. Mas não se pode usar o direito de defesa de Israel ao ataque generalizado e ao extermínio de crianças e mulheres e pessoas que não têm nenhuma responsabilidade sobre o que aconteceu. Isso tem que ficar esclarecido", declarou Borges.

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