"É um ambiente muito complicado", diz deputada Débora Almeida sobre clima de trabalho na Alepe
Na quarta-feira (22), Débora e Álvaro Porto, colegas de partido, travaram embate direto durante votação da LOA
A deputada estadual e presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), Débora Almeida (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (22), em entrevista a Rádio Jornal, que o presidente da casa e companheiro de partido, Álvaro Porto (PSDB), é um dos responsáveis por tornar o ambiente de trabalho "complicado". A fala foi feita após o embate que aconteceu, ontem (22), durante a reunião, bastante tumultuada, para votar os pontos do relatório do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2024.
"A Assembleia Legislativa hoje é interessante. Ela é muito heterogênea. Existem três bancadas: a de situação, e a de oposição e a independente. Mas a gente vê que existe um movimento maior contrário ao governo, e esse movimento vai se construindo ali, em torno e com a participação do presidente [Álvaro Porto], tornando o ambiente muito complicado .", desabafou.
Após impasses, o colegiado presente — composto por seis dos nove deputados que fazem parte da Comissão — discutiu, votou e aprovou a inclusão de R$1,1 bilhão no orçamento do estado. Os parlamentares governistas, Izaias Regis (PSDB) e Socorro Pimentel (União Brasil), além da própria Débora, presidente da comissão, se retiraram da reunião, na tentativa de adiar o pleito. Não tiveram sucesso.
Leia Também
• Álvaro Porto reafirma votação da LOA: “Não sou subserviente a ninguém”
• Débora Almeida protesta e pede providências contra votação da LOA
• Sem a presença da presidente, deputados da Comissão de Finanças continuam reunião para discutir LOA
Embora o clima de tensão tenha ficado nítido para os presentes, na manhã desta quinta-feira (23), Álvaro Porto desceu da tribuna, após discursar, e foi diretamente cumprimentar Débora com um abraço. A deputada, que não retribuiu ao gesto, apenas respondeu: "ainda temos muito o que conversar".
Com informações da colunista Betânia Santana.
Veja também
MPT já registra mais de 300 denúncias de assédio eleitoral
