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Eduardo Campos: líder com vocação para o diálogo e construção de unidade

Eduardo Campos deixa um legado de defesa das pautas sociais aliadas ao desenvolvimento econômico

Ex-governador Eduardo Campos - André Nery/Arquivo Folha de Pernambuco

Novo herói da pátria brasileira, Eduardo Campos teve uma trajetória marcada pelos gestos de diálogo, habilidade de articulação política e defesa das pautas sociais aliadas ao desenvolvimento econômico. Essas marcas estão presentes em toda a sua trajetória pública, desde a militância estudantil até o projeto de disputar a Presidência da República.

Seu legado segue presente até hoje tanto na memória dos pernambucanos e brasileiros como nos passos dos seus herdeiros políticos, entre eles, o seu filho e prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Trajetória

Nascido no Recife, Eduardo Campos era filho da ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes e do poeta Maximiliano Campos (1941-1998). Começou a mostrar afinidade com a política desde cedo ainda na universidade, quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Após se formar economista, ele recebeu um convite para fazer mestrado nos Estados Unidos, mas escolheu fazer parte da histórica campanha que elegeu o seu avô Miguel Arraes (1916-2005) governador de Pernambuco, em 1986. Após o pleito, Eduardo Campos se tornou chefe de gabinete do gestor estadual.

Em 1990, ele se filia ao PSB junto com o seu avô. No partido, conquistou seu primeiro mandato eletivo como deputado estadual. Em 1992, Campos chegou a disputar a sua primeira eleição majoritária, para Prefeitura do Recife, mas ficou em quinto lugar. No pleito de 1994, ele conquista o mandato de deputado federal, mas se licencia para assumir os cargos de secretário do Governo e, depois, da Fazenda no terceiro Governo Miguel Arraes.

Na disputa pela reeleição para deputado federal em 1998, foi o mais votado, com mais de 173 mil votos. Com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu primeiro mandato, em 2002, Eduardo colocou em prática sua habilidade de articulação política. O desempenho levou o então chefe do Executivo a convocar o pernambucano para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia, deixando legados como a aprovação da lei de inovação tecnológica. 

Legado

Em 2005, ele deixa o cargo para disputar o Governo do Estado no pleito do ano seguinte. Após uma vitória apertada, Eduardo Campos iniciou uma gestão que deixou marcos lembrados até hoje. No combate à violência, criou o Pacto pela Vida, programa que reduziu os índices de homicídios em 39% no Estado. Sua sensibilidade com as questões sociais se manifestou no Programa Mãe Coruja Pernambucana, programa que visava reduzir a mortalidade infantil e que foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) por sua eficiência e inovação.

As ações tornaram a gestão de Campos reconhecida nacionalmente, alimentando o projeto do socialista de disputar a Presidência da República em 2014. O sonho acabou sendo interrompido precocemente no dia 13 de agosto, quando ele faleceu vítima de um acidente aéreo na cidade de Santos, em São Paulo, durante a campanha presidencial daquele ano.

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