Eleição Olinda 2024: Acompanhe aqui a sabatina com o candidato Márcio Botelho
O candidata a prefeito pelo PP é entrevistado ao vivo na Rádio Folha FM 96.7
Dando continuidade à serie de sabatinas com os candidatos a prefeito de Olinda, a Rádio Folha FM 96.7 ouve nesta quarta-feira (4) o candidato Márcio Botelho (PP).
O âncora Jota Batista e a colunista de política da Folha de Pernambuco, Betânia Santana, comandam a sabatina das 11h às 12h. Participa também da mesa o cientista político Hely Ferreira.
Acompanhe ao vivo aqui:
Por que ser candidato?
"Sou nascido e criado na cidade de Olinda, minha primeira casa foi na Presidente Kennedy, morei quase em todos os bairros da cidade e a gente conhece muito bem a história da cidade, a população. A gente vem observando que entra gestão, sai gestão e a cidade só anda para trás. O desejo de ver Olinda crescer está no meu sangue e a população quer isso, A gente está se colocando aqui como alternativa de mudança"
Saúde:
"O Hospital Tricentenário, eu nasci nele, é um hospital que está precisando de apoio do poder público. A arrecadação de Olinda não é baixa, como falam por aí, nossa arrecadação é de mais de R$ 1 bilhão, a gente vê que tem condições de construir mais um hospital, mas o que a gente tem que fazer é reforçar os postos de saúde , a atenção básica está precária, quem procura atendimento, medicamento não consegue, a gente tem uma equipe muito reduzida, nosso objetivo é aumentar essas equipes. A gente tem um déficit muito grande. Consultas de especialidades estão sendo marcadas para um, dois anos de espera, a fila está grande, então a gente pretende ter parcerias com o Governo do Estado para montar mutirões de saúde. É importante a gente investir nos profissionais de saúde, qualificar e investir na população. Tem gente que sai de 4h da manhã e quando chega no posto de saúde não tem mais fichas, a gente com celular, telefone, essas consultas tem que ser marcadas por essas vias, mas a gente também vai manter o sistema tradicional para as pessoas que não tem acesso. Sendo eleito, a gente vai implantar no município de Olinda a casa azul, que vai ter as terapias necessários para as pessoas do espectro autista. É um compromisso nosso, do PP, implantar no primeiro ano de gestão"
Segurança Pública:
"Não é só armar a Guarda, a gente tem que requalificar toda a Guarda, é uma das mais preparadas do estado de Pernambuco, mas o que a gente vê é o alojamento da Guarda Municipal totalmente abandonado, a gente tem um déficit muito grande de pessoal, uns se aposentam, passam em outros concursos, outros falecem, e a prefeitura não faz concurso. Nossa proposta é armar a Guarda e colocar não para sair por aí prendendo, mas que tenha um poder maior de investigação local. Não queria ser lembrado por isso, mas eu sou vitima, sou um exemplo da insegurança na cidade de OLinda, como vice-prefeito fui sequestrado em 2020, em plena eleição. Em julho do ano passado entraram na minha casa, fizeram a gente de refém, e agora, semana passada, entraram novamente na minha casa. Se a gente tivesse a Guarda Municipal fazendo rondas, mas eles não fazem não é porque não querem, é porque tem um secretário que não permite isso. Eles são qualificados, o que falta é armar, colocar na rua e fazer um concurso público decente. A Guarda armada seria auxiliar da Polícia Militar, seria uma parceria entre o Governo Municipal e o Governo do Estado. Eu lembro que antigamente a gente tinha a patrulha nos bairros, e dava uma sensação de segurança, por parte da Polícia Militar, e por que a gente não pode fazer o mesmo com a Guarda Municipal? Colocar na rua, fazendo rondas e o criminoso saber que a Guarda Municipal está armada. O Sítio Histórico hoje está totalmente vulnerável, várias casas arrombadas, crimes de furtos, roubos, até de estupro a gente tem notícia"
Cultura:
"Primeiramente a gente tem que incentivar o calendário anual da cidade, Olinda não é só carnaval, é claro que ele é nossa mola mestre que divulga Olinda para o mundo inteiro, mas Olinda é um berço de cultura de Pernambuco e do Brasil. No nosso governo a gente vai incentivar os artistas locais, as agremiações, a gente vai pagar em dia todos os cachês dos artistas que tocam no Carnaval, a gente tem São João que não explora, tem semana santa. Acho que falta capacidade administrativa. Infelizmente a gestão aprendeu a fazer cultura, a dar qualidade a educação, a saúde, e à população olindense"
Educação:
"Primeiro a gente tem que requalificar todas as escolas, se você entrar em qualquer escola de Olinda não tem uma que não estejam com problemas estruturais. Nossa proposta é construir creches, você vai colocar a criança na creche, os pais vão conseguir trabalhar, pessoas com vunerabilidade, a queixa da maioria ´´e que não tem creche perto da sua casa, não tem onde deixar a criança. Para um município feito Olinda, com arrecadação mediana, você vai movimentar a economia do município, mais pessoas trabalhando, dar qualidade de vida às crianças, alimentação adequada, porque essas crianças muitas vezes não tem o que comer dentro de casa. Estive em colégios, no Centro POP e estive também no Laboratório Municipal, o que encontrei foi merenda estragada, no Centro POP, que é para acolher pessoas em vulnerabilidade, que usam drogas, o que a gente encontra lá é um verdadeiro abandono, a gente tem um Laboratório Municipal com pessoas qualificadas, funcionários que tem uma condição de dar qualidade de vida a população, mas o que a gente tem é o laboratório fechado, é um absurso a gente ver o morador do Alto da Conquista, do Alto do Sol Nascente, Águas Compridas, ter que se deslocar até Rio Doce para fazer um exame médico. A gente tem que requalificar, expandir e ampliar esse laboratório, está no nosso plano de governo colocar coletas laboratoriais em cada posto de saúde"
Infraestutura:
"Olinda parece uma tábua de pirulito, pé buraco em todo canto, porque o orçamento do tapa-buracos acabou em abril, a gente tem 27 grandes canais que há quatro anos não saõ limpos, tem o Canal do Fragoos que é um calo na nossa vida, a gente sabe que é uma obra do Estado, mas o município tem a sua responsabilidade, com os canais que são afluentes do Canal do Fragoso que não são limpos há muito tempo. O que a gente deveria fazer realemnte é uma política pública para fazer com que as pessoas que moram em morros, em áreas alagadas, tenham uma sobrevida diferenciada, porque estão correndo risco de vida. Teve mortes em 2022. A gente tem que colocar realmente alguém que entenda da cidade e goste da cidade. Dinheiro tem, a gente arrumou R$ 49 milhões de um convênio com o Governo Federal, as obras estão se arrastando, a capacidade executiva está baixa. Não adianta ter dinheiro, a gente precisa executar as obras. Primeiro a gente tem que planejar a cidade, e o Sítio Histórico é diferenciado do resto da cidade, a gente tem uma lei de uso e ocupação do solo, é como se fosse o plano diretor do município, há 32 anos a lei foi criada e nunca foi revista. primeiramnete a gente tem que revisar essa legislação, isso parte do Executivo depois é que passa para Câmara tabalhar, a gente tem que usar todo nosso aparato, Iphan, sociedade civil, Câmara Municipal, fazer isso a quatro mãos. Se você entrar em qualquer outra cidade histórica, vou comparar ao Pelourinho, se você prestar a atenção, é muito diferente de Olinda, você vê muita prostituição, drogas, casarios abandonados, Olinda não, é preservado. Um dos nossos projetos é a revisão do Plano Diretor porque a gente está perdendo empreendimentos, pessoas que queiram investir na cidade, porque o Plano Diretor é arcaico. A gente vai atrair novas empresas e dar condição para viram fazer empreendimentos em Olinda. A gente está perdendo para Paulista, Jaboatão, isso tem que mudar"
Política Partidária:
"Há quatro anos que a gente está rompido politicamente, não por conta de sucessão do município, é porque estou dentro do município, fui presidente do comitê gestor durante seis anos, era o órgão que as maiores decisões do município passavam por lá. Um dos motivos foi porque não concordava mais com as decisões que estavam tomando no município, decisões que a gente discutia com o prefeito e via que não traziam benefício para a população, foi a partir daí que a gente passou a romper politicamente. Fora isso, falei para ele num dia que tinha o sonho de governar essa cidade e ele sentou comigo na mesa e disse: se você for, vai ter rtaliação. Eu apertei a mão dele e segui em frente, joguei tudo para o alto por um sonho que a gente tem para cidade, não quero governar por governar, não quero passar por Olinda, ser mais um administrador, quero deixar uma marca, um legado na educação, na saúde, na cultura, quero que daqui a 50, 100 anos alguém tenha saudade do nosso governo. Não sou um vice-prefeito de estar dentro do gabinete, estava na rua, inaugurando obras, substituindo o prefeito quando ele não estava, mas se fosse depender da atual gestão, eu ficava dentro do gabinete. Nesses últimos anos eu procurei me destacar, se fosse depender dessa gestão eu não estaria em canto nenhum, e para escolha da nossa vice e quando foi levantado o nome de Priscila Agra foi unânime no grupo. Ela vai ser tratada como uma pessoa auxiliar ao lado do prefeito, não vai ser decorativa, e vai ter a caneta e a tinta na mão para resolver os problemas e dificuldades da população olindense"
Apoios
"Olinda é uma cidade diferenciada, a gente não pode nacionalizar a disputa. A gente vai governar para todo mundo, se é de direita, de esquerda, de cima, de baixo, a gente tem que cuidar da população, a população não quer saber se é direta, esquerda, centro, se está com um ou com outro, quer saber se o gestor que vai assumir em 2025 é capacidado e tem condição de gerir a cidade, as pessoas estão pegando carona porque não têm capacidade de dizer: eu sou fulano de tal e tenho capacidade de fazer isso. A gente tem que discutir Olinda, localmente, se for discutir a questão nacional a gente vai deixar Olinda no buraco como sempre esteve. Nosso cabo eleitoral é o povo olindense que nos apoia. Eu sou povo, vim do povo, estou com povo todos os dias"