Eleições 2024: Na reta final João Campos fortalece campanha do PSB em cidade paraibana
No segundo turno, prefeito esteve em três capitais e nesta sexta visita Campina Grande
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), participa no fim da tarde desta sexta-feira (25) do último ato de campanha do candidato a prefeito de Campina Grande, na Paraíba, Jhony Bezerra, também do PSB. O postulante tem apoio do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que acompanha a programação.
Nas redes sociais de Dr. Jhony, como é mais conhecido, um dos influencers anuncia que o prefeito do Recife "vai fechar a campanha de Dr. Jhony com chave de ouro". Um outro antecipa que o candidato fará na cidade paraibana vários projetos desenvolvidos na capital pernambucana. O ato, no bairro do Catolé, está previsto para começar às 16h40.
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Jhony Bezerra ocupou o cargo de secretário de Saúde da Paraíba. No primeiro turno terminou em segundo lugar, contabilizando 79.471 votos (34,58%.). A primeira colocação ficou com o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Cunha Lima (União Brasil), que conquistou 110.807 votos (48,22%).
Campina Grande é a quarta cidade, fora de Pernambuco, que o prefeito João Campos visita neste segundo turno com o objetivo de fortalecer candidaturas. Ontem ele encerrou o roteiro de capitais, pariticipando de caminhada em Natal com Natália Bonavides (PT).
A petista disputa a prefeitura contra Paulinho Freire (União Brasil). A programação na capital potiguar teve a presença da governadora Fátima Bezerra (PT). Lá, João Campos recebeu alguns presentes, como uma cesta de guloseimas com direito a foto de Eduardo Campos.
O cientista político Isaac Luna observa que João Campos vem ocupando o vácuo de representatividade deixado pelas forças consideradas progressistas.
"Ele tem, sobretudo, capacidade de conexão e diálogo das esquerdas com novos públicos que convergem para a figura carismática, articulada e com lastro político sólido, a partir das biografias do bisaavô ((Miguel Arraes) e do pai (Eduardo Campos)".
Em novos públicos, o professor inclui o que chamou de "uma nova esquerda progressista e high-tech conectada a linguagem, a estética, e a pautas da geração Y e dos evangélicos". Ressalta que, paralelamente, o gestor chega às periferias e aos movimentos sociais, "tradicionais bases históricas da esquerda brasileira".
"O prefeito do Recife é hoje a “bala de prata” do campo progressista para as duríssimas disputas que se avizinham com uma extrema-direita que captou muito mais rapidamente o espírito do tempo e da ambiência social brasileira", observa o professor Isaac Luna.
Antes de ir a Natal (RN), João Campos passou por Fortaleza (CE) e Belém (PA). Na capital cearense, participou da campanha de Evandro Leitão (PT), que enfrenta o deputado bolsonarista André Fernandes (PL). Na segunda-feira (21), esteve em Belém, no Pará, para apoiar Igor Normando (MDB), que disputa a prefeitura contra Eder Mauro (PL), outro aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
"A nacionalização de João tem o intuito imediato de conectar o eleitorado das capitais aos palanques da esquerda, mas, sem dúvida, é também uma estratégia de projeção de uma alternativa capaz de enfrentar os influencers candidatos da extrema direita em um futuro próximo", projeta Isaac Luna.
Além dessas viagens durante o segundo turno, o prefeito participou de atos em Pernambuco, com Vinicius Castello (PT) em Olinda e Júnior Matuto (PSB) em Paulista. Para o sábado (26) está programada uma carreata na Marim dos Caetés, que terá concentração no Clube Atlântico, bairro do Carmo, a partir das 9h. João Campos e outros líderes são esperados.
Ainda na Paraíba
O prefeito do Recife não vai a João Pessoa, a capital paraibana. Ainda na quinta-feira (24), o prefeito e candidato à reeleição, Cícero Lucena (PP), também apoiado pelo governador da Paraíba, postou em suas redes sociais vídeo em que João Campos pede votos para a eleição na cidade vizinha.
"Quero dar um testemunho de quem conhece e de quem trabalha de forma conjunta com Cícero Lucena. Sei da capacidade dele enquanto gestor. Cícero cuida bem da cidade e está pronto para fazer um novo grande mandato", destacou João Campos, em vídeo.
Cícero Lucena teve uma campanha complicada, especialmente na reta final do primeiro turno, quando a mulher, Lauremília Lucena, chegou a ser presa durante operação da Polícia Federal. Ela entrou na lista de suspeitos por aliciamento a eleitores. A prisão aconteceu oito dias antes do pleito e ela foi solta por determinação judicial dois dias depois.
Teve 205.122 votos (49,16%) contra 90.840 (21,77%) de Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro