Eleições Recife 2024: Acompanhe aqui a sabatina com o candidato Victor Assis (PCO)
O candidato é o último entrevistado pela Rádio Folha FM 96.7
A Rádio Folha FM 96,7 encerra hoje (26) a sua série de sabatinas com os candidatos à Prefeitura do Recife. O convidado da vez é Victor Assis, do PCO, que será sabatinado ao vivo no programa Folha Política, das 14h às 15h.
O âncora Jota Batista e a colunista de política da Folha de Pernambuco, Betânia Santana, comandam a sabatina com a participação do cientista político Hely Ferreira.
Acompanhe aqui a íntegra da sabatina:
Por que ser candidato?
“Tanto a minha candidatura, quanto dos demais candidatos do Partido da Causa Operária, foram decididos em uma conferência nacional. Esse é um método tradicional do partido de decidir as candidaturas, por que elas são todas decididas coletivamente, uma conferencia na qual todos os militantes podem opinar sobre o programa que o partido levará para as eleições e também seus candidatos. Nessa conferência nós discutimos um programa de luta em defesa dos trabalhadores, que envolve também a luta contra o imperialismo em defesa do povo palestino e nessa conferência foi indicado o meu nome como o mais adequado para apresentar esse programa do PCO nas eleições. Não foi bem uma escolha pessoal minha, foi uma decisão coletiva do partido”.
Saúde
“É preciso travar uma luta para que a saúde seja de fato promovida para o bem público, isso passa pela estatização total dos meios de saúde. Lógico que é uma medida que precisa ser tomada a nível nacional, mas faz parte do nosso programa de luta a estatização da saúde em todos os setores, inclusive no setor farmacêutico. Não adianta de nada ser atendido num hospital e não ter um remédio. A gente precisa colocar efetivamente a saúde à serviço da população e isso passa, não por uma promessa de campanha, mas pela mobilização do povo trabalhador. Que os próprios trabalhadores tomem conta da prefeitura e da administração da cidade”.
Segurança pública
“Sou contra armar a guarda municipal, eu sou contra existir a guarda municipal, eu sou contra existir a polícia militar, eu sou contra existir a polícia federal. Sou a favor de acabar com todas as polícias que existem, por um motivo muito claro. Quando você estabelece uma polícia do Estado você está armando o Estado contra a população, a população não tem como se defender. E essa polícia não está aí para defender a população. Quantos tiveram problemas de segurança e a polícia resolveu? Nunca ouvi falar de a polícia ter resolvido. Agora quem não conhece um caso de uma mãe que perdeu um jovem que perdeu que foi assassinado por esses da polícia militar? Quantos operários não foram reprimidos porque a polícia o impediu de fazer greve? Estamos falando aqui que o Estado não serve aos trabalhadores, ele serve aos ricos, aos poderosos. A polícia sendo um braço do Estado está por meio da força impondo a política do Estado contra a população. Nós somos contra armar a guarda municipal por que isso é transformar a guarda municipal numa polícia”.
Educação
“Para a educação a situação é muito parecida com a saúde. O problema central na educação é o dinheiro. O aluno não fica na escola por que a escola é horrível, muitas vezes não tem nem alimentação, a infraestrutura é péssima. Os professores são completamente desestimulados, o salário é uma vergonha e todo ano fala em questões de tentar driblar o que deveria ser pago aos professores. A quantidade de escolas é insuficiente, o modelo educacional é terrível . A gestão das escolas, faculdades, teria de ser feita em conjunto com quem participa dela. Pais, alunos, professores deveriam fazer parte das gestões de todas as escolas. Vamos destacar que não é pra dar um centavo para a iniciativa privada. Hoje todo candidato adora falar da mulher, de combater o feminicídio. Combater o feminicídio é mais uma picaretagem para aumentar a força policial. Não se preocupa em construir creches. Tem que ter creche para todo mundo, acessível, em todos os bairros, que a mãe possa deixar lá a criança e possa efetivamente participar da vida econômica da cidade”.
Cultura
“Estamos falando que questões urgentes que são capaz de matar pessoas não são atendidas porque o dinheiro do Estado é desviado para os cofres dos grandes bancos. Imagine a cultura, em que a pressão social seria menor para que fossem satisfeitas as necessidades. A cultura na cidade praticamente não existe no que diz respeito ao incentivo do poder público. Em primeiro lugar, deveria parar de dar dinheiro para banco para sobrar dinheiro para cultura. Deveria ser visto junto com a população e profissionais da cultura. Os artistas locais são muito maltratados pela prefeitura. Chega de tratar o povo como gado. Tem que chamar o povo para participar”.
Infraestrutura
“Sou favorável à requalificação do centro, calçamento de todas as ruas, estabelecimento de iluminação pública para todos locais, o problema é como ser feito. Tem de parar de taxar o pobre, tem que taxar o rico de todas as maneiras possíveis e tem de parar de dar dinheiro para os bancos. Com isso, a gente já resolve o problema do dinheiro. Nós precisamos que o governo seja controlado pela população. Que haja comitês nos quais a população possa efetivamente participar e decidir o que tem que ser feito. Em cada bairro precisaria ter um conselho popular para dizer o que está precisando”.
Considerações finais
“Nossa atuação se dá no sentido de defender as grandes causas da classe trabalhadora. Quem tiver o mesmo interesse, vamos estar juntos a todo momento. Nesse momento final eu queria agradecer à Rádio Folha pelo convite, a conversa foi prazerosa para explicar o nosso programa e convidar você que está ouvindo a vir para a luta junto com a gente. O PCO é um partido que tem um programa para todas as demandas mais urgentes da classe operária, não apenas recifense mas brasileira e internacional. Um partido que vai estar lado a lado em todas as lutas”.