Eleições Recife 2024: Dani Portela propõe reformas na saúde para população com deficiência

Para a candidata, apenas ampliar os horários de atendimento das unidades não tem sido suficiente

Dani Portela fala sobre melhorar a saúde para população com deficiência e neurodiversidade em sabatina - Fran Silva/ Equipe Dani Portela

Na tarde desta quarta-feira (25), a candidata à prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL), participou de uma sabatina no canal de YouTube Pernambuco na TV, conduzida pelo comunicador Fernando Chalegre. Durante a entrevista, a candidata abordou questões relacionadas à saúde e à inclusão de pessoas com deficiência e neurodiversidade na administração da cidade.

“Nas minhas andanças, o tema saúde aparece em todos os territórios como o grande gargalo. É de responsabilidade do município a atenção básica à saúde. Então, é necessário investir na prevenção para que as pessoas não cheguem doentes na unidade de atendimento de média e alta complexidade", afirmou.

A candidata criticou a atual gestão pela ampliação dos horários de atendimento sem que isso tenha resultado em um real aumento no acesso.

“Ampliou horário, mas não ampliou acesso. Porque antes a pessoa tinha atendimento a qualquer hora. Hoje, existe um sistema de rodízio, por exemplo, no horário da manhã são atendidos os bairros A, B e C e à tarde, D, E e F. É como se precisasse marcar hora para adoecer. Então nós precisamos ampliar de fato este atendimento. Uma reclamação que ouvi recentemente, foi de uma usuária do SUS falando que até conseguiu ser atendida por um médico, mas o resultado do exame de sangue levou três meses para sair o resultado. Precisamos sair desse gargalo, aumentando de fato o atendimento em sua amplitude”, destacou.

Outro ponto abordado foi a saúde das pessoas com deficiência. Dani ressaltou a importância de desenvolver políticas específicas para essa população.

“Quando falamos que Recife precisa diminuir a desigualdade, precisamos pensar em políticas de saúde específicas para população com deficiência e neurodiversidade. Muitas mães atípicas, de crianças autistas, por exemplo, levam de três a quatro anos para receberem o diagnóstico dos seus filhos. Existem hoje na rede municipal poucos médicos especializados, como neurologistas e neuropediatras. Então, esse é um enorme obstáculo na saúde do Recife”, explicou Dani Portela.

Dani também se dirigiu à questão da acessibilidade para a população surda, destacando a falta de intérpretes de Libras em unidades de saúde.

“A acessibilidade é comunicacional. Imagina a pessoa surda precisando de um atendimento de urgência médica e encontra uma enorme dificuldade para se comunicar, porque não existe intérprete de Libras nos UPAS. Sendo que Libras é a segunda língua oficial do nosso país. Precisamos ampliar, contratar mais intérpretes nos serviços de saúde e também nas escolas. Deveriam existir salas de aulas bilíngues, para ouvintes e não ouvintes”, finalizou a candidata.

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