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Em Goiana, nova fábrica de medicamentos da Hemobrás visa a reduzir dependência externa, diz ministra

Hemobrás inaugura nova fábrica nesta quinta (4), em Goiana

Ministra Nísia Trindade concedeu entrevista coletiva - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) inaugura nesta quinta-feira (4), a nova Fábrica de Medicamentos produzidos por biotecnologia, no Complexo Fabril, em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. O empreendimento de­ve fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e a soberania nacional no se­tor da indústria farmacêutica. A fábrica é a concretização do Projeto Buriti, que corresponde à implan­tação e à produção do Hemo-8R. 

O medicamento é utilizado por pacientes em tratamento da hemofilia A. Após a conclusão e inauguração das obras, iniciam-se as etapas de qualificação dos equipamentos e validação de processo para submissão à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Inauguração
A inauguração está prevista para as 15h, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); da ministra da Saúde, Nísia Trindade; do presidente do Conselho de Administração da Hemobrás, Carlos Gadelha; e da presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, entre outras autoridades. Em coletiva na tarde de ontem, na Zona Sul do Recife, Nísia Trindade destacou que a Hemobrás visa a reduzir a dependência externa de hemoderivados.

"É um aprendizado tecnológico a partir de uma parceria de desenvolvimento produtivo. Nós vamos inaugurar a planta do fator 8 recombinante para as pessoas que sofrem com a hemofilia de tipo A, isso vai trazer um benefício enorme para essas pessoas, qualidade de vida. Sofremos tanto na Covid-19 e aprendemos duramente sobre a dependência de vacinas, de insumos, falamos tanto de IFA, e aqui na Hemobrás a gente vai ter toda a linha de produção. A Hemobrás foi reconhecida, inclusive, pelo Ministério da Defesa como instituição estratégica de defesa, pensando na importância da soberania e da autonomia do país", destacou.

De acordo com Nísia Trindade, o Brasil tem 12 mil pessoas com hemofilia do tipo A. O medicamento que será produzido pela Hemobrás é de uso continuado, mas receitado de acordo com a característica de cada pessoa, porque há diferentes necessidades nesse grupo.

Estrutura
A construção da fábrica, que corresponde ao bloco B07 dentro do Complexo Fabril Hemobrás, está recebendo os ajustes finais e já conta com equipamentos. Segundo a empresa, a maioria deles é importada. Os primeiros testes de bom estado dos equipamentos após transporte, e de qualificação de instalação e de operação, já estão sendo realizados. O objetivo é assegurar que as máquinas são capazes de operar de acordo com os parâmetros. Com o fim desta etapa, começam as qualificações de desempenho em que os sistemas serão testados para demonstrar eficiência de acordo com as especificações de uso em rotina de produção.

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