Em nota, Oposição diz que troca de secretário não resolve problema de segurança
A bancada de Oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) lançou uma nota, nesta quinta-feira (6), relatando que a troca de secretário de segurança do Estado não irei resolver os problemas do setor. O agora ex-titular da pasta, Alessandro Carvalho, foi substituído por Ângelo Fernandes Gióia.
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O colegiado faz um balanço da área de segurança e apresenta números preocupantes no Estado. Segundo o grupo, a violência em Pernambuco está generalizada.
Confira a nota na íntegra:
A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, sobre a mudança no comando da Secretaria Estadual de Defesa Social, gostaria de registrar que o afastamento do ex-titular Alessandro Carvalho já era uma medida esperada diante do crescimento da criminalidade no estado.
Os números da própria Secretaria mostram o quanto a violência está generalizada e aumentou nos últimos tempos. Em 2016, somente de 1º de janeiro a 28 de setembro, mais de 3,1 mil homicídios ocorreram em Pernambuco, uma quantidade 11,4% superior à registrada no mesmo período no ano passado. Também teve incremento nos números de assaltos a ônibus – mais de 1,2 mil apenas no Grande Recife! –, estupros, investidas contra bancos e muitos outros ataques contra o patrimônio público e privado.
Desde 2014, a Oposição vem alertando para o crescimento da violência no Estado. Foram 9,7% a mais homicídios em 2014 e 13,3% mais assassinatos em 2015.
Infelizmente, entendemos que a substituição de Alessandro Carvalho por Ângelo Fernandes Gióia não será suficiente para mudar o atual quadro, como também não surtiram efeito a troca do comando da Polícia Militar e a troca dos titulares das delegacias especializadas, medidas adotadas anteriormente pelo governador Paulo Câmara.
Para nós, da Oposição, não adianta alterar o comando da Secretaria se o governador não tiver o comando da segurança pública. Para sair do atual cenário é preciso rediscutir o Pacto pela Vida. E mais que isso, é necessário envolver os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nesse debate, além de instituições como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil, representantes de entidades do setor de segurança e membros da sociedade civil organizada.
A sensação de insegurança atinge a toda a sociedade, independentemente de classe social ou crença política. Como cidadãos e representantes do povo, nos colocamos à disposição para a repactuação do programa de combate à violência e a identificação de soluções que ajudem a resolver tão grave problema.