'Esses que ousam não nos respeitar serão colocados no devido lugar', diz Bolsonaro em Caruaru
Após uma motociata de cerca de duas horas com saída de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), discursou a apoiadores no Polo de Caruaru, no início da tarde deste sábado (4). Em um discurso inflamado, o mandatário afirmou que os que "ousam não nos respeitar serão colocados no devido lugar".
Em referência aos atos de 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que haverá um encontro com o "destino". "No próximo dia 7, todos nós temos um encontro com nosso destino. Enquanto juristas procuram quem é o poder moderador do Brasil, eu digo que o poder moderador é o povo brasileiro", disse o presidente.
Bolsonaro disse ainda que tem como missão entregar um Brasil melhor do que pegou em janeiro de 2019, ao assumir o mandato de presidente. Ele voltou a criticar a esquerda.
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"Ao contrário da esquerda, fizemos que hoje o Brasil tenha um presidente que acredita em Deus, respeita os militares, defende a família tradicional", acrescentou Bolsonaro.
O presidente afirmou também que é chefe de um poder e existem mais dois, em referência ao Legislativo e Judiciário.
"Temos um ou dois jogando fora das quatro linhas da Constituição. Jogamos dentro das quatro linhas, mas o povo não pode admitir que nenhum de nós jogue fora das quatro linhas", prosseguiu Bolsonaro.
Em mais uma referência ao 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que a liberdade é um dos "direitos mais ilanienáveis que temos no Brasil". "Todos ouvirão o clamor de vocês. Não estaremos apenas fazendo figuração, mostramos que não toleraremos mais quem quer que seja que vá contra a Constituição", completou o presidente, aos gritos de "eu autorizo" entre os apoiadores.
"Esses que ousam não nós respeitar serão colocados no devido lugar. As imagens da Esplanada dos Ministérios, e da avenida Paulista serão a marca daquilo que o povo quer. Se o povo quer, nós cumpriremos o seu desejo", prosseguiu o presidente.
"Não podemos admitir que um ou dois homens ameacem a nossa democracia e a nossa liberdade", disse, em referência aos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. "Nosso Supremo Tribunal Federal (STF) não pode ser diferente do Executivo e Legislativo. Se tem alguém que ousa continuar agindo fora das quatro alinhas da Constituição, aquele poder tem que enquadrar".
Apesar do tom do discurso, Bolsonaro afirmou que não quer e nem deseja ruptura, completando que a responsabilidade "cabe a cada poder".
"Eu apelo a esse outro poder que reveja a ação dessa pessoa que está prejudicando o destino do Brasil", disse em referência a ao STF e Alexandre de Moraes.
Apoiadores
No palco em Caruaru, o chefe do Executivo estava ladeado do ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado, quem levou na garupa durante o trajeto da motociata, e de nomes como o ministro da Cidadania, João Roma; o pastor evangélico Silas Malafaia; o deputado estadual Coronel Feitosa; e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Antes da fala do presidente, Coronel Feitosa afirmou que o povo pernambucano "só tem a agradecer a Bolsonaro". 'O mito comprou vacina pro povo brasileiro", disse o deputado.
Gilson Machado puxou o grito de guerra "eu vim de graça". "O presidente determinou que o São João de Caruaru em 2022 vai valer por dois", afirmou o ministro do Turismo. "O povo gosta de governo, não gosta de PT não", acrescentou Gilson.