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'Esses que ousam não nos respeitar serão colocados no devido lugar', diz Bolsonaro em Caruaru

Discurso de Bolsonaro em Caruaru - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Após uma motociata de cerca de duas horas com saída de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), discursou a apoiadores no Polo de Caruaru, no início da tarde deste sábado (4). Em um discurso inflamado, o mandatário afirmou que os que "ousam não nos respeitar serão colocados no devido lugar".

Em referência aos atos de 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que haverá um encontro com o "destino". "No próximo dia 7, todos nós temos um encontro com nosso destino. Enquanto juristas procuram quem é o poder moderador do Brasil, eu digo que o poder moderador é o povo brasileiro", disse o presidente.

Bolsonaro disse ainda que tem como missão entregar um Brasil melhor do que pegou em janeiro de 2019, ao assumir o mandato de presidente. Ele voltou a criticar a esquerda. 

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"Ao contrário da esquerda, fizemos que hoje o Brasil tenha um presidente que acredita em Deus, respeita os militares, defende a família tradicional", acrescentou Bolsonaro.

O presidente afirmou também que é chefe de um poder e existem mais dois, em referência ao Legislativo e Judiciário. 

"Temos um ou dois jogando fora das quatro linhas da Constituição. Jogamos dentro das quatro linhas, mas o povo não pode admitir que nenhum de nós jogue fora das quatro linhas", prosseguiu Bolsonaro.

Em mais uma referência ao 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que a liberdade é um dos "direitos mais ilanienáveis que temos no Brasil". "Todos ouvirão o clamor de vocês. Não estaremos apenas fazendo figuração, mostramos que não toleraremos mais quem quer que seja que vá contra a Constituição", completou o presidente, aos gritos de "eu autorizo" entre os apoiadores.

"Esses que ousam não nós respeitar serão colocados no devido lugar. As imagens da Esplanada dos Ministérios, e da avenida Paulista serão a marca daquilo que o povo quer. Se o povo quer, nós cumpriremos o seu desejo", prosseguiu o presidente. 

"Não podemos admitir que um ou dois homens ameacem a nossa democracia e a nossa liberdade", disse, em referência aos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. "Nosso Supremo Tribunal Federal (STF) não pode ser diferente do Executivo e Legislativo. Se tem alguém que ousa continuar agindo fora das quatro alinhas da Constituição, aquele poder tem que enquadrar".

Apesar do tom do discurso, Bolsonaro afirmou que não quer e nem deseja ruptura, completando que a responsabilidade "cabe a cada poder". 

"Eu apelo a esse outro poder que reveja a ação dessa pessoa que está prejudicando o destino do Brasil", disse em referência a ao STF e Alexandre de Moraes.

Apoiadores
No palco em Caruaru, o chefe do Executivo estava ladeado do ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado, quem levou na garupa durante o trajeto da motociata, e de nomes como o ministro da Cidadania, João Roma; o pastor evangélico Silas Malafaia; o deputado estadual Coronel Feitosa; e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Antes da fala do presidente, Coronel Feitosa afirmou que o povo pernambucano "só tem a agradecer a Bolsonaro". 'O mito comprou vacina pro povo brasileiro", disse o deputado. 

Gilson Machado puxou o grito de guerra "eu vim de graça". "O presidente determinou que o São João de Caruaru em 2022 vai valer por dois", afirmou o ministro do Turismo. "O povo gosta de governo, não gosta de PT não", acrescentou Gilson.

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