"Eu sonho em ter Raquel Lyra no PSD", diz André de Paula
Ministro da Pesca destaca importância de alianças políticas e defende diálogo entre partidos
Em entrevista à Rádio Folha FM nesta quarta-feira (15), o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), declarou seu desejo de ver a governadora Raquel Lyra (PSDB) no PSD, ao comentar sobre a possibilidade de fusões e alianças entre partidos.
"Se a gente pode somar forças políticas de dois ou três partidos importantes, se é possível fazer convergir com um objetivo comum, de região para região, essa é uma construção política que exige muita habilidade. Se for possível, eu olho com bons olhos. Independente de ser entre o PSD e o PSDB, eu sonho em ter a governadora Raquel Lyra no PSD”, afirmou o ministro.
De Paula também destacou a relevância de Raquel Lyra no cenário político nacional, mencionando que qualquer partido que a tivesse em seus quadros teria um grande futuro pela frente.
"O Brasil olha para Raquel como um quadro diferenciado. Qualquer partido que tiver Raquel Lyra nos seus quadros tem certeza de que tem pista pela frente, porque Raquel pode ser presidente, senadora, vice-presidente ou reeleita governadora. Raquel é um ator diferenciado na política nacional", afirmou.
O ministro não poupou elogios à governadora, enfatizando seu potencial de liderança e sua importância no panorama político.
"Qual é o partido que não gostaria de ter Raquel? Isso independe de qualquer fusão ou ação desse tipo. Claro que qualquer decisão passa por avaliar posições, como o posicionamento em relação ao governo federal e o compromisso com o futuro, com o projeto para o País daqui a dois anos", completou.
Fusão partidária
O ministro e presidente do PSD em Pernambuco também revelou que há diálogos em andamento entre o PSD e o PSDB sobre uma possível fusão partidária. Ele destacou que, apesar de não estar diretamente envolvido nas conversas, reconhece a importância dessas negociações para o cenário político nacional.
“Eu tenho informações que essa conversa, por parte do PSD com algumas legendas, entre elas o PSDB, existe. Mas não participo ainda dessas discussões e não sei em que estágio estão, se vão acontecer e quando vão acontecer. Existe hoje o diálogo do PSD com várias legendas, inclusive com o PSDB”, afirmou.
Segundo ele, as discussões ainda estão concentradas nas lideranças partidárias responsáveis por articular os primeiros passos, antes de envolver outras instâncias do partido.
“Essa discussão só chega às instâncias do partido que não têm a responsabilidade de iniciar o diálogo no momento seguinte”, disse.
Além disso, o ministro ressaltou que as federações partidárias podem ser uma solução para fortalecer legendas e facilitar alianças eleitorais, mas lembrou que as negociações são complexas, envolvendo interesses divergentes em diferentes estados.
“Federações são importantes porque elas juntam partidos e viabilizam que o partido se una a um ou a três. Esse diálogo existe e é importante. No primeiro momento, ele acontece entre presidentes e dirigentes partidários, porque não é fácil construir esse tipo de aliança. É necessário avaliar os interesses de cada partido em cada estado, que podem ser convergentes ou até divergentes”, explicou o ministro.
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Contexto
A possibilidade de fusão entre o PSD e o PSDB surge em um momento delicado para os tucanos, que têm enfrentado um declínio nas últimas eleições e buscam preservar seu legado histórico. Sob a liderança de Gilberto Kassab, o PSD, por outro lado, tem fortalecido sua posição, conquistando 887 prefeituras no último pleito e ocupando espaços estratégicos no governo do presidente Lula (PT), incluindo três ministérios.
Por sua vez, o PSDB enfrenta divisões internas sobre o futuro do partido. Parte de seus líderes defende a fusão com outra legenda, enquanto outros insistem na autonomia. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, admitiu que o partido precisa de uma estratégia para superar o declínio eleitoral e garantiu que o tema será amplamente discutido com o retorno dos trabalhos do Congresso em fevereiro.
Raquel e Lula
O ministro também comentou sobre a possibilidade de o PT apoiar Raquel Lyra em uma eventual tentativa de reeleição para governadora de Pernambuco em 2026, destacando sua proximidade com o presidente Lula.
“Não posso falar pelo PT, mas Raquel, desde o primeiro momento, se aproximou do presidente Lula. Teve a sua ação facilitada porque o presidente a acolheu com carinho, distinguiu, e, em decorrência disso, a gente vê com frequência o presidente no nosso Estado. Vemos entregas, anúncios de projetos que mudam para melhor a vida dos pernambucanos. Todas as vezes que um presidente e um governador trabalham juntos, quem ganha é o povo”, afirmou.
O ministro ressaltou que essa relação pode ter reflexos nas próximas eleições.
“Pernambuco sabe disso, e eu, no governo do presidente Lula, defendo essa aproximação. Entendo que é possível, desejado e importante que ela seja cada vez maior, e que tenha, inclusive, reflexos no processo eleitoral de 2026”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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