Exército detalha projeto da Escola de Sargentos de Pernambuco em audiência pública na Alepe

A secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luíza Ferreira, ratificou as contrapartidas do Governo

O gerente do Subprograma Escola de Sargento do Exército, general Joarez, fez a apresentação - Júnior Soares/Folha de Pernambuco

A Frente Parlamentar para Acompanhar a Implantação da Escola de Formação de Sargentos de Carreira do Exército no Estado de Pernambuco, coordenada pelo deputado Renato Antunes (PL), realizou, na manhã desta segunda-feira (6), sua primeira audiência pública. O objetivo foi ouvir o Exército e o Governo do Estado sobre os detalhes do projeto. A audiência, que durou mais de três horas, teve várias interferências de pessoas da plateia quando os inscritos para perguntas e/ou considerações acerca do projeto subiram à tribuna para falar.

Uma segunda audiência está marcada para o dia 27 deste mês, quando serão ouvidos integrantes de movimentos sociais, que farão uma exposição sobre seus pontos de vista, questionamentos e sugestões. Para a próxima audiência, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, já garantiu presença.

O gerente do Subprograma Escola de Sargento do Exército, general Joarez Alves Pereira Júnior, que compôs a mesa, foi o primeiro a subir à tribuna. Ao longo de 30 minutos, ele fez uma exposição detalhada de todo o projeto da Escola de Sargentos e voltou depois para responder as indagações dos que haviam se inscrito para falar.

“Vim mostrar o que é, qual a proposta, porque o Exército precisa fazer essa escola. Mostrei porque a Região Metropolitana do Recife foi escolhida entre vários locais do Brasil, e os benefícios que o Exército imagina que pode trazer para a região com a implementação dessa escola, com desenvolvimento socioeconômico e, inclusive, ambiental, que é bastante polêmico aqui pelas características da APA Aldeia Beberibe. Estamos convencidos, no entanto, que a compensação ambiental pode trazer ganho e não perda, como às vezes as pessoas têm a percepção simplória”, disse, no final da audiência, o general.

A secretária estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Ana Luíza Ferreira, durante seu discurso, disse que Pernambuco tem consciência que o projeto é de grande impacto e tem potencial estruturador, além destacar o cuidado de longo prazo com a sustentabilidade.

“Esse projeto tem um potencial extremamente transformador para o cenário econômico, mas também para o cenário social de uma região de Pernambuco que precisa muito de desenvolvimento. A gente vê que é um projeto no qual o potencial vai além do econômico”, defendeu a secretária, que ratificou as contrapartidas do Governo do Estado ao projeto.

O presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, professor Herbert Tejo, defende a implantação da Escola de Sargentos em Pernambuco, mas em outro local, onde, segundo ele, não haja desmatamento.

“A gente tem que convergir esses dois projetos extremamente importantes para Pernambuco: o Complexo Militar e o Arco Viário. Esses dois projetos podem estar juntos na parte norte do Comando do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC) e isso iria patrocinar um verdadeiro desenvolvimento regional, porque lá tem vários municípios que se beneficiarão a partir dessa conjunção”, explicou o professor ao terminar a audiência.

Para o deputado o Renato Antunes, a audiência foi uma oportunidade de ouvir a população, de entender o projeto, as contrapartidas, a questão socioeconômica e também ambiental. “Nossa intensão é entregar um projeto que seja bom, exequível e a longo prazo todo mundo ganhe”, afirmou o parlamentar

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