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"Farmácia Popular foi ironizado pelo governo passado", diz Lula em relançamento do programa

No Recife, presidente anunciou ampliação da gratuidade no acesso a medicamentos

Lançamento do novo programa Farmácia Popular, do Governo Federal - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, relançaram, nesta quarta-feira (7), o programa Farmácia Popular do Brasil. Em evento no Compaz Ariano Suassuna, na Zona Oeste do Recife. O petista destacou a ampliação da gratuidade no acesso aos medicamentos oferecidos pelo programa e disse que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro “ironizou” e “diminuiu” a política.

“O Farmácia Popular foi ironizado e diminuído pelo governo passado. Agora, voltamos com muito mais força, com mais remédio e mais capacidade de fazer convênios para que mais farmácias possam fazer parte deste programa”, disse o presidente.

Entre as novidades do Farmácia Popular anunciadas pelo Governo Federal nesta quarta (7), está a ampliação da gratuidade na oferta dos remédios. O programa passa a oferecer todos os 40 medicamentos do rol gratuitamente para os beneficiários do Bolsa Família e povos indígenas. A iniciativa deve ampliar o acesso à assistência farmacêutica a 55 milhões de pessoas. 

A gratuidade também será estendida para atender a saúde da mulher, com o fornecimento de contraceptivos e medicamentos indicados para tratamento de osteoporose, produtos que eram oferecidos com 50% de desconto. 

“Antes do Farmácia Popular, quantas pessoas nesse país iam a uma UBS [Unidade Básica de Saúde] ou a um posto de saúde e eram atendidas pelo médico, elas pegavam a receita, levavam para casa e, muitas vezes, morriam com a receita em cima da mesa porque não tinham dinheiro para comprar o remédio, isso não vai mais acontecer nesse país”, afirmou Lula. 

“Hoje cuidar da doença é muito caro, qualquer remédio tá muito caro. Uma pessoa aposentada, que recebe sua pensão, não pode gastar metade do salário com remédio, o estado precisa garantir esse medicamento para que ele possa sobreviver. Cuidar da saúde não é gasto”, completou o presidente. 

Lula relembrou, ainda, a criação do programa, que aconteceu em 2004, durante seu primeiro mandato como presidente da República. “As pessoas mais necessitadas, que ganham menos ou que foram privadas de conhecimentos e de oportunidades ao longo da história desse país, serão tratadas como pessoas de primeira classe. Ninguém vai a um médico para pegar apenas um diagnóstico ou uma receita, a gente vai porque queremos os dois e comprar o remédio para se tratar; por isso resolvemos lançar o Farmácia Popular lá atrás”.

“Governar é um ato de tomar decisões. É um ato de fazer opções. Quando você ganha um estado, um país ou uma cidade, você tem que definir para quem você quer governar e que setor você quer ajudar mais. Um orçamento de uma cidade, do estado ou da União, normalmente são feitos para atender a chamada ‘sociedade organizada’. O que é preciso saber é se a gente vai incluir as pessoas mais humildes, mais necessitadas, nesse orçamento; porque normalmente essas pessoas ficam de fora”, completou o petista.

Após a cerimônia de relançamento do Farmácia Popular no Compaz Ariano Suassuna, o presidente Lula seguirá para a inauguração do Campus Paulista do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), em Maranguape I. O prefeito da cidade, Yves Ribeiro (MDB), recebe o chefe do Executivo.

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