"Golpe de estado não é pauta, é atentado à democracia", diz Carlos Veras

Deputado federal eleito foi o entrevistado desta terça-feria (10), da Rádio Folha FM

Reprodução/Folha de Pernambuco

O deputado federal eleito Carlos Veras (PT) afirmou, em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7, nesta terça-feira (10), que os atos terroristas ocorridos em Brasília no último domingo não podem ser admitidos de maneira nenhuma.  "Quem fez isso, quem financiou, quem participou, quem de alguma forma foi conivente, facilitou esses atentados terroristas têm que ser punidos", disse.

Segundo o deputado, ali (nos atos de vandalismo em Brasília) não tinha nenhuma pauta apresentada. "Era só para destruir o patrimônio público. Destruíram e quebraram o Senado, o Congresso, o Supremo Tribunal Federal, com obras de artes caríssimas e de relevância grande não só para o Brasil. Atitudes como essas têm que ser punidas com todo o rigor", explicou. 

Segundo o deputado, o Colégio dos Líderes já deixou claro aos parlamentares, tanto nas assembleias legislativas dos seus respectivos estados como na Câmara Federal e no Senado, que não se vai admitir deputado ou senador financiando, participando ou apoiando atos terroristas. "Quem apoia também comete o mesmo crime", afirmou, acrescentando que esses parlamentares irão ao Conselho de Ética e serão investigados e julgados. 

Segundo o petista, a deputada federal eleita Clarissa Tércio, que apoiou os atos terroristas, se não se retratar, o caso será levado ao  Conselho de Ética da Câmara Federal. "Como se quer se deputada federal sendo conivente e apoiando a quebradeira e a destruição da Câmara Federal?", indagou.

Para o deputado, quem não reconhece o resultado das eleições, deve pedir renúncia porque foi eleito pelas urnas eletrônicas, como o presidente. "Se a deputada não reconhece a eleição do presidente Lula, também não é reconhecivel a eleição dela. Para ela ter legitimidade para questionar, primeiro renuncie ao seu cargo. Se ela insistir em apoiar atos criminosos, não tenha dúvida que ela vai ao Conselho de Ética", afirmou.

Para Veras, golpe de estado não é pauta, é um atentado à democracia e isso não pode ser tolerado pelo Judiciário, o Executivo e o Legislativo. O deputado acredita que as atitudes e posições do governo federal serão mais duras e mais firmes, mas respeito o direito de defesa e o contraditório.

Quanto à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem aos Estados Unidos, Veras disse que ele não pode "ficar lá escondido e sendo conivente". "O ex-presiente Jair Messias Bolsonaro não está livre de investigação, inclusive a quebra do seu sigilo de 100 anos será realizada", afirmou.    

O deputado elogiou a atitude da governadora Raquel Lyra (PSDB), que, entre outras coisas, disponibilizou parte do efetivo policial ao governo federal depois dos atos golpistas. "Um posicionamento importante, em defesa do estado democrático de direito, dando uma demonstração que quer construir uma relação política, republicana com o governo do presidente Lula, e recebemos a contribuição da governadora como um gesto democrático, importante e necessáio para ajudar a recompor as forças e proteger a democracia no país", afirmou.

O deputado acredita que o ex-governador Paulo Câmara (PSB) deve ser contemplado no segundo escalão do governo Lula. " Acredito que a partir de amanhã a gente retome a agenda de recomposição e composição do Governo Federal, e o ex-governador Paulo Câmara é um dos cotados a nos ajudar em alguma função no Governo Federal", adiantou.

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