Governo Federal anuncia R$ 500 milhões para dragagens na Região Norte

Ministro Silvio Costa Filho assina determinação de serviço imediato 

Ordem de serviço assinada pelo ministro Silvio Costa Filho e pelo Diretor do Dnit, Erick Moura. - Divulgação

Na noite desta quarta-feira (19), O Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), assinou editais de contratação para serviço de dragagem em quatro trechos dos rios Amazonas e Solimões. 

No total serão investidos mais de R$ 500 milhões, com objetivo de garantir a navegabilidade segura e o escoamento de insumos pelas águas que cortam o Norte do país, além de reduzir os efeitos da forte estiagem que atingem a região

A determinação do serviço, assinada pelo ministro Silvio Costa Filho (Mpor) e pelo diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Erick Moura, certifica o início imediato dos trabalhos, que serão realizados nos trechos entre Manaus-Itacoatiara; Coari-Codajás; Benjamin Constant-Tabatinga; Benjamin Constant-São Paulo de Olivença. O valor investido garante a efetuação de trabalhos pelos próximos cinco anos. 

Recuperação
O ministro reforçou o interesse do Governo para recuperar a capacidade de navegação dos rios essenciais, não só no transporte de pessoas como também no escoamento de mercadorias. 

"O presidente Lula nos orientou para que o Ministério de Portos e Aeroportos, e o Ministério dos Transportes pudessem avançar nessa agenda. É o maior volume de investimentos em dragagem da história do Amazonas, e isso sem dúvida alguma vai entrar no planejamento estratégico do Estado para que o setor produtivo tenha uma grande responsabilidade e a gente possa avançar nessa pauta tão importante para a região", disse. 

Costa Filho ainda destacou que no ano passado foram investidos quase R$ 150 milhões de reais em medidas emergenciais para mitigar os impactos da estiagem na Região Norte. "Agora estamos fazendo um volume de investimentos de mais de R$ 500 milhões para dar acesso aos navios e às barcaças para garantir o escoamento da produção", finalizou.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, participou da cerimônia de forma remota. Durante sua fala, ele agradeceu a ajuda do Governo Federal e lembrou que este ano o trabalho foi antecipado em meses, o que pode amenizar os efeitos da seca. 

"A gente vai precisar muito dessa ajuda da dragagem. Eu quero louvar a iniciativa de antecipar essas ações, pois elas chegam em boa hora. Eu espero que a gente possa ter o menor impacto possível nesse período", declarou.

O diretor de Infraestrutura Aquaviária, Erick Moura, lembrou que o governo tem trabalhado de forma preventiva para minimizar os impactos para a população local. 

"O Governo Federal está presente, está atuante e ligado e aprendeu com os desafios ocorridos no ano passado. Erick, também, ressaltou a vantagem do contrato elabora e assinado pelos órgãos. "O contrato serve tanto para estiagem quanto para a seca", destacou.

Mitigação
Em abril deste ano, técnicos do Dnit realizaram uma inspeção técnica dos locais mais afetados pela estiagem, além de serviços de batimetria. O trabalho buscou mapear as profundidades aquáticas em oceanos, mares, lagos e rios, sendo realizada por meio de equipamentos como sonares e ecossondas. 

Os dados coletados durante as vistorias serviram para identificar ações preventivas para reduzir os efeitos da seca na região amazônica.

Um dos principais eixos de transporte logístico do Norte, a hidrovia do Rio Madeira integra o Arco norte, que abrange os estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Tocantins, e assegura o escoamento de produtos pelo rio Amazonas e seus afluentes. 

De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no primeiro trimestre deste ano o rio Madeira transportou 3,32 milhões de cargas no primeiro trimestre deste ano, valores 12,93% superior em comparação com o mesmo período de 2023 (2,94 milhões).
 

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