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Humberto Costa sinaliza oposição a Raquel Lyra como o caminho do PT

Senador Humberto Costa (PT) - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A falta de um posicionamento oficial do Partido dos Trabalhadores em relação à gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB) pode ser um dos fatores que provocaram o que o senador Humberto Costa considera "especulações no meio político".

Nos últimos meses, além dos gestos revelados pelo presidente Lula, a bancada petista pernambucana tem acenado positivamente para a gestora, em pautas consideradas de interesse do Estado. Essa aproximação tem levantado suspeitas de aliança político-partidária.

"Nossa relação com a governadora é institucional", enfatizou em entrevista, na manhã da quarta-feira (27/07), à Rádio Folha FM 96,7. O senador defendeu a necessidade de o partido posicionar-se e indicou que o caminho é ser oposição.

"O eleitorado de Pernambuco nos colocou nessa condição. Nós apresentamos uma candidatura no 1º turno, com Danilo Cabral, perdemos. Apoiamos uma candidatura no 2º turno, com Marília Arraes, perdemos. Então, naturalmente, isso já nos coloca no campo da oposição", apontou.

O senador também alegou outros vieses para determinar o "ser oposição". Argumentou que Raquel Lyra tem privilegiado forças consideradas mais à direita, como o Partido Progressistas e o Partido Liberal, e observou que nas relações e decisões administrativas com movimentos sociais e sindicatos existem mais contradições do que apoios.

Vice-presidente nacional do PT e homem de confiança do presidente Lula, Humberto Costa registrou que, historicamente, o partido nunca deixou de posicionar-se sobre temas importantes. Enfatizou que ser oposição ao governo não significa declarar guerra nem ser contrário a todos os projetos. E não descartou uma aliança futura, lembrando que na gestão do governador Paulo Câmara, o partido ora esteve na situação, ora na oposição.

Humberto Costa também avaliou que a Frente Popular não pode mais ter um partido hegemônico com legendas coadjuvantes. Quer o PT fortalecido, sendo protagonista no Estado e especialmente no Recife.

Ainda na quara-feira (27/07), o presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, disse não ter ouvido a entrevista e anunciou para a próxima semana reunião da executiva que vai definir a posição em relação à administração de Raquel Lyra. 

 

Na expectativa por segurança
Deputados e entidades ligadas à segurança pública querem saber quais as diretrizes do Juntos pela Segurança. Na Alepe há pelo menos seis nomes ligados à área: coronel Alberto Feitosa, delegada Gleide Ângelo, Álvaro Porto, Antônio Moraes, Fabrizio Ferraz e Joel da Harpa. O programa, prometido para abril e adiado para julho, será apresentado pela governadora Raquel Lyra segunda (31), às 14h, no Teatro Guararapes, em Olinda.

BASES > Um dia antes do anúncio do lançamento do Juntos pela Segurança, deputados que apoiam o Governo cobraram iniciativas para o setor. Renato Antunes (PL)  pediu ao comando da PM mais policiamento no Grande Recife e Joel da Harpa (PL)  apelou por maior valor das diárias ao efetivo que está no FIG.

ORGÂNICOS > O secretário de Planejamento de Pernambuco, Fabrício Marques, recebe até hoje missão do Banco Mundial para definir o Projeto Agroecológico e fortalecer a agricultura familiar. Negociações preveem financiamento de US$ 50 milhões, com contrapartida de US$ 12,5 milhões do Estado.

ALIMENTOS > Leite e queijo na cesta básica nacional. Essa pauta é defendida pelo deputado Pedro Campos  e será discutida após aprovação da Reforma Tributária.

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