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Irmão de Túlio Gadêlha chama veto à sua candidatura de "aberração jurídica" e culpa o deputado

Ricardo Gadêlha acusou que diretório municipal está aparelhado por Túlio Gadêlha

Ricardo Gadêlha e Túlio Gadêlha - Divulgação

 

O médico e pré-candidato a vereador do Recife, Ricardo Gadêlha (Rede), considerou uma “aberração jurídica” a decisão do diretório municipal da Rede no Recife de rifar a sua pré-candidatura e da sua correligionária, Alice Gabino, por considerar o apoio de ambos a Dani Portela (Psol) como infidelidade partidária. Irmão do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede), ele acusa o parlamentar de minar seu projeto político. 

“Foi literalmente uma tentativa de golpe, uma aberração jurídica. É a tentativa de tratorar uma candidatura legítima. Não gostaram da movimentação de apoio à candidatura de Dani Portela (Psol) que inclusive foi referendada pela Federação Rede-Psol. Foi definido em reunião que os nomes serão Dani Portela e Alice Gabino (Rede). Durante minha pré-candidatura, fiz defesa da decisão da federação. Eu e Alice fomos extremamente fiéis a isso”, declarou. 



Ricardo lançou sua pré-candidatura a vereador do Recife no último dia 30 de junho. Em entrevista à Folha de Pernambuco, ele declarou que se trata de uma ação instrumentalizada pelo seu irmão, o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede).

“Apesar de eu e Alice sermos dirigentes dentro do diretório municipal, nós somos minoria lá, a maioria é composta, literalmente, por funcionários e assessores do deputado federal (Túlio Gadêlha), ou seja, tudo o que eles fazem é orquestrado pelo deputado, a verdade é essa”, enfatizou. 

Ricardo Gadêlha culpa o irmão

Ricardo Gadêlha revelou que foi impedido de concorrer outras vezes por ação do deputado Túlio, sendo a eleição de 2022 a última ocasião em que seu nome foi rifado, quando almejava uma vaga no Legislativo Estadual. 

“Não quis expor essa situação à época, escolhi preservar o nome do deputado por ser meu irmão, para não causar mal estar na família. Na cabeça do deputado, ele é o único da família que pode ser político. Só ele pode brilhar. Agora não vou me calar diante de uma aberração dessas”, afirmou Gadêlha. 

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Ricardo lembrou ainda que em 2022 a Rede firmou posição contrária ao apoio à então candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e que, mesmo assim, o grupo de Túlio Gadêlha declarou apoio e permanece apoiando a governadora. 

Apesar da decisão, Ricardo reafirmou a sua pré-candidatura, que, de acordo com ele, terá o aval da executiva nacional do partido, a quem ele pretende recorrer para solucionar o imbróglio. 

“Não existe possibilidade dentro do que foi posto de a gente não conseguir colocar nossa candidatura. Vamos, sim, colocá-la. Temos amplo apoio da Rede nacional, a porta voz, Heloísa Helena, está conosco. Esse esperneio da turma do deputado é inócuo, não vão conseguir barrar nossa candidatura”, afirmou.

Em casa

Ricardo Gadêlha reforçou ainda que seu ingresso na política tem o apoio da família, e que os próprios pais, os irmãos, e até familiares mais distantes já cobraram o apoio de Túlio Gadêlha ao projeto político do médico. 

"Desde 2020, quando Túlio não ofereceu nenhum tipo de apoio ao próprio irmão, toda a família diz: Túlio, apoie o seu irmão, o que ele lhe fez? Túlio, como irmão mais novo, me viu fazendo política desde o movimento estudantil", destacou. 

Relembrando a atuação no movimento estudantil, Ricardo disse que lá aprendeu a fazer a boa política, com diálogo com os diferentes e que não reconhece as práticas do irmão na articulação política. "Fique enojado com essa manobra. O que eles querem fazer é esmagar os diferentes", disparou.

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