João Campos reforça necessidade de compensar os municípios por perdas com aumento da isenção do IR
Prefeito aposta na mobilização dos prefeitos para garantir reposição dos recursos
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), se posicionou com relação à ampliação da isenção do Imposto de Renda, proposta pelo Governo Federal ao Congresso Nacional, na terça-feira (18). O projeto visa livrar do pagamento do tributo quem recebe até R$ 5 mil reais.
Em coletiva de imprensa na posse da diretoria da Amupe, nesta quarta (19), o gestor recifense se manifestou favorável à ampliação, no entanto, reforçou o pedido dos prefeitos por uma compensação financeira aos municípios, que devem perder anualmente um montante de R$ 11,8 bilhões com a medida.
“É natural que qualquer medida que tenha impacto para os entes subnacionais tenha algum tipo de compensação. Eu tenho muita tranquilidade quanto à pauta, muito importante, do aumento da isenção, como essas medidas compensatórias municipalistas, que são naturais de acontecerem e acredito que a iminência disso se dá na Marcha dos Prefeitos”, declarou à imprensa.
Leia Também
• João Campos anuncia saída de Fred Amâncio da Secretaria de Educação
• Jornal francês Le Monde destaca João Campos como o "pequeno príncipe da esquerda brasileira"
• PSB projeta liderança de João Campos em Pernambuco
Campos também citou a PEC 66, que trata sobre as contribuições previdenciárias, como uma das pautas que deverão estar entre as reivindicações dos gestores na Marcha dos Prefeitos que vai ocorrer em abril, em Brasília.
Apesar de ponderar sobre a necessidade de compensação para os municípios, o prefeito ressaltou que a proposta atende ao desejo do povo brasileiro e tem o apoio de diversas autoridades. Ele aposta que a mobilização dos prefeitos em Brasília, no próximo mês, vai garantir que o governo aja para minimizar os impactos da proposta.
“Acredito que o primeiro ‘cheiro’ da compensação deve vir na Marcha dos Prefeitos. E é claro que todo mundo aqui está unido em torno do povo. Essa medida é muito importante, porque, para além da necessidade de compensar os municípios, você tem um benefício direto para a população. Os prefeitos, governantes, todos eles vão concordar com ela”, assinalou.