João Paulo divulga avaliação sobre o projeto de reforma administrativa de Raquel Lyra
Deputado usou as redes sociais dele para adiantar suas impressões sobre projeto da governadora
O deputado estadual João Paulo (PT) usou a conta pessoal dele nas redes sociais, nesta quarta-feira (11) para publicar uma avaliação sobre o Projeto de Lei do Executivo (PLE) com a proposta de reforma administrativa do governo Raquel Lyra (PSDB), que começou a tramitar ontem, em período extraordinário e regime de urgência, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). As postagens do parlamentar são apenas uma prévia de uma avaliação mais detalhada que ele vai divulgar ainda hoje à tarde.
"Curiosamente, depois de severas críticas à gestão Paulo Câmara, o projeto de reforma administrativa apresentado pela governadora Raquel Lyra não propõe grande mudança estrutural", inicia a postagem de João Paulo.
Segundo o deputado, ao mesmo tempo que aumenta os cargos comissionados e as gratificações, não olha para o conjunto dos servidores. "Nenhum indício de melhoria nas condições de trabalho, concurso público ou do piso de enfermagem", continua.
Outra crítica que ele faz diz respeito a extinção da Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação. "Agora será Desenvolvimento Profisional e Empreendedorismo. A troca de trabalho por empreendedorismo parece boba, mas mostra o perfil neoliberal - que retira direitos e precariza relações", critica.
João Paulo também alega que, enquanto o governo federal fortalece a política de redução de danos e a luta antimanicomial, Raquel extingue a Secretaria de Prevenção às Drogas,que, diz ele, será absorvida pela de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. O parlamentar considera isso um retrocesso.
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As críticas do deputado não param por aí. Ele também reclama por Fernando de Noronha passar a integrar a Secretaria de Meio Ambiente, desligando-se da governadoria. "Sem minimizar a importância de preservar nosso patrimônio natural, Noronha precisa ser vista de forma ampla - incluindo saúde, educação etc.
O elogio do deputado fica para criação da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento, que, de acordo com ele, "sugere o cumprimento da promessa de campanha de garantir o abastecimento de água para a população".
No final da avaliação, o petista deixa claro que a intenção dele transcende a crítica, que a finalide é contribuir e pautar temas relevantes para a população. "Continuaremos estudando a proposta e trabalhando para contribuir com o melhor para Pernambuco", finaliza.
As impressões do deputado petista sobre a reforma administrativa são publicadas no mesmo dia em que a edição impressa da Folha de Pernambuco traz uma matéria mostrando, entre outras coisas, que a proposta aumenta o número de cargos comissionados em relação à gestão anterior. Em comparação com o governo de Paulo Câmara (PSB), a nova administração cria 169 novos cargos, além de aumentar o gasto anual com essas remunerações em R$ 25 milhões. O custo total com cargos comissionados passará a ser de R$ 160 milhões por ano.