Joaquim Lira acredita que não haverá bate-chapa na eleição das comissões temáticas da Alepe

Deputado foi o entrevistado desta terça-feira (7) da Rádio Folha FM 96,7

Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

O deputado estadual Joaquim Lira (PV) foi o entrevistado desta terça-feira (7) do programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7. Em entrevista concedida ao âncora do programa, Jota Batista, e à subeditora de política da Folha de Pernambuco, Carol Brito, o parlamentar fala, entre outras coisas, sobre os desafios de presidir a Comissão de Administração Pública, um dos três colegiados mais importantes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Confira abaixo, em tópicos, os trechos mais relevantes da entrevista de Lira:

Entrada para o PV
A escolha pelo Partido Verde deve-se a um convite do presidente, hoje deputado federal Clodoaldo Magalhões. Eu era do PSD, e o partido não se preocupou em montar chapa para a disputa - deptutado André de Paula tinha a pretensão de se candidatar ao Senado e na leitura do partido, as forças do partido deveram centrar na ideia da candidatura de André. Isso ficou muito claro, sem nenhuma mágoa, eu era vice-presidente. André é um grande amigo que tenho na vida pública. Havia convite de outros partidos, mas o viés partidário no interior é forte. Houve o convite do ex-governador Paulo Câmara para que eu fosse para o PSB, mas tive dificuldade de entrar para o partido proque, em Vitória, o PSB sempre foi nosso adversário.

Decisões da Federação (PT, PV e PCdoB)
Todas as decisões, acertando ou errando, tomamos de comum acordo. A gente exercita muito a paciência, o poder de negociação, de conversa. Eu encontrei companheiros que não pensava que ia encontrar. A gente tem encontrado pessoas muito compromissadas com as discussões partidárias, muito mais que as pessoais. Desde as conversas para eleição da Mesa Diretora, composição das comissões, das presidências das comissões a gente não tem tido dificuldade para fazer essa  composição.

Pressão do Palácio?
 O que houve naquela oportunidade foi que a governadora sensibilzou muitos deputados, inlcusive a maioria dos deputados da federação, falando da importância de ter deputados aliados no comando dessas comissões. As três principais comissões da Assembleia historicamente sempre são comandadas por aliados de quem governa. E olhe que eu não posse dizer que sou aliado de primeira hora da governadora. Sempre tive um carinho muito grande, respeito tanto por ela quanto pela vice-governadora. Exerci mandato junto com as duas. Naquela oportunidade, ela e os deputados da base governista vislumbraram que para a Comissão de Administração, eu já ter convivido com ela, ter uma certa experiência, ela entendeu que eu deveria junto com sua base política ocupar aquele espaço.

Projetos parados 
A gente tem 305 projetos a serem distribuídos, todos oriundos dos próprios parlamentares. Nenhum da Defensoria, do Ministério Público ou do Tribunal de Contas. A gente vai fazer isso (distribuir) amanhã. Estou contando com a parceria dos membros da comissão, que certamente estarão presentes. Quero ver se na reunião de  amanhã a oito a gente comece a fazer discussões, aprovações ou rejeições desses projetos.

Eleição das comissões temáticas
A Assembleia só parte para um bate-chapa quando se esgota todo poder de negociação. É possível que nas 14 comissões também não haja bate-chapa porque essa questão da negociação está bastante avançada. Bate-chapa não é interessante para ninguém, muito menos para a Casa.  

Bancada Independente
É uma inovação que Priscila (Krause) trouxe e que deve ser preservada. O novo regimento também trouxe a novidade de possibilidade de reunião do Colégio de Líderes, que não tem data para se reunir, mas é como se fosse um órgão consultivo da Mesa Diretora. Sempre que possível, o presidente pode convocar o Colégio para tomar algumas decisões.

Eu acho que a gente deve manter o formato atual de vários líderes. Isso faz com  que a liderança partidária seja mais valorizada, como é no Congresso Nacional. Esse tumulto, principalmente no início desta legislatura, não se deu exclusivamente pela formação da bancada e independente e dentro dela ter vários líderes. Deu-se porque a governadora elegeu em seu partido apenas três deputados. Isso fez com que ela tivesse um trabalho maior para montar a sua bancada.

Base governista
A governadora se preocupou mais no início do governo em mais dar conta das coisas da gestão do que do pensamento de formar essa base governista. Quando ela viu que tinha que dar conta disso, estava em cima das votações importantes. Isso fez com que o que ela devia cuidar ao longo do tempo, cuidasse em uma semana. Não estou criticando a governadora porque ela cuidou disso tardiamente, ao meu ver. Cada um tem sua forma de trabalhar e seu time. Mas isso poderia ter sido menos tensionado se o governo tivesse partido para cima e visto com os deputados quem seria realmente governista, oposicionista ou independente.  

Base sólida
Ela (a governadora) tem hoje uma base governista sólida, mas em números precisa ter uma base muito maior, porque quando precisar, por exemplo, de uma votação de quorum qualificado acho que ela ainda não tem esses números. Ela precisa negociar mais, sentar e conversar mais com os deputados que pretendem fazer parte da base govenista, mas precisa que sejam ouvidos seu anseios, dificuldades na política local de cada município. Fazendo isso, certamente eu vejo que tem muito deputado querendo ajudar o governo. 

Confira a entrevista na íntegra:

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